terça-feira, 3 de junho de 2014

CEMITÉRIO


Fonte: https://www.google.com.br

Nota-se que para muitas pessoas o tema cemitério é um tabu que não permite discussão sob nenhum aspecto, muito menos quanto ao seu valor. E essa atitude pode contribuir para o desleixe desse equipamento comunitário essencial para a sociedade.

Entretanto, numa análise simplista o valor do cemitério é de cunho prático porque as pessoas um dia morrem e precisam ser sepultadas, no mínimo, com as formalidades e os procedimentos sanitários, técnicos, administrativos e legais.

O valor do cemitério não pode ser atribuído somente ao fato de ter como finalidade o sepultamento de corpos, mas também sua importância cultural, religiosa, sentimental e, portanto, sua relação com a manifestação da intimidade de cada indivíduo de maneira particular.

Assim, o cemitério pode ser considerado um dos equipamentos urbanos mais importantes da cidade, apesar de nem sempre constituir-se num tema incluído, como prioritário, na agenda das pessoas e dos agentes políticos.

Talvez por isso seja comum, geralmente em cemitérios públicos, se deparar com túmulos ou jazigos abandonados pelos parentes dos mortos e constatar que um grande número de municipalidades brasileiras não cumpriu o prazo, vencido no final de 2010, para obter a licença ambiental de seus cemitérios.

O descaso também pode ser comprovado pelas deficiências, na sua implantação e funcionamento que são frequentemente denunciadas em diversas cidades brasileiras. Entre elas podem ser citadas: 1) água de chuva que sai por buracos abertos nos muros e escorre pelas ruas arrastando lixo com restos de caixões, flores e roupas; 2) falta de manutenção e dedetização periódica para evitar que insetos invadam as casas da vizinhança; 3) sepulturas abandonadas; 4) vasos de planta com água que podem ser criadouros do mosquito transmissor da dengue; 5) piso irregular; 6) mato alto; 7) ossadas expostas; 8) manejo errado de resíduos comuns e de restos mortais; 9) contaminação do solo e da água subterrânea por líquidos, e do ar, por gases, gerados na decomposição de cadáveres; 10) radiação que pode advir de corpos de pessoas com marca-passo ou que receberam tratamento por radioterapia.

Como não bastasse há queixas da falta de espaço para novos túmulos e sepulturas, assim como de número insuficiente de coveiros para zelar pelo cemitério.

A solução dos problemas apontados depende de a comunidade afetada cobrar as medidas aplicáveis a cada caso dos agentes políticos, órgãos de fiscalização de posturas, vigilância sanitária ou de defensoria pública.

Para saber mais sobre o tema acesse o link:
http://g1.globo.com/sao-paulo/sorocaba-jundiai/noticia/2013/08/esqueletos-mostra-assombram-cemiterio-abandonado-em-itu.html