domingo, 25 de março de 2018

OBJETOS DO ESPAÇO GEOGRÁFICO CADA VEZ MAIS AUTOMATIZADOS

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Para alguns articulistas de temas da Internet está para eclodir uma nova revolução industrial baseada nos recursos tecnológicos da informática e da eletrônica, cuja denominação popular é a Internet das Coisas. 

Para outros esta etapa já está em pleno desenvolvimento e aplicação crescente em várias partes do espaço geográfico mundial. Ou seja, objetos fabricados para funcionar como robôs ou dotados de sensores, chips, antenas etc. estão no mercado de consumo há alguns anos.

Portanto, ano após ano aumenta a quantidade de objetos inteligentes nas relações sócio espaciais a merecer a reflexão sobre os efeitos positivos e negativos desse novo modo de consumo em sociedades social, econômica e tecnológica mente desiguais.

domingo, 18 de março de 2018

AUTOMATIZAÇÃO DE ATIVIDADES COMERCIAIS E SERVIÇOS SOB ENFOQUE DA GEOGRAFIA ECONÔMICA

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Registra-se aqui a atualidade do artigo traduzido do espanhol(http://www.sinpermiso.info/textos/robots-que-significan-para-el-empleo-y-los-sueldos), para o português pelo administrador deste blogintitulado neste idioma de "Robôs: que significam para o emprego e os salários?", de autoria de Michael Roberts, publicado  pela rede GEOECON sob número RGE 211/18.

Nele o autor registra o fato de uma rede varejista estadunidense ter aberto um armazém piloto em que os clientes compram as mercadorias sem a presença de funcionários atuando como atendentes de balcão ou caixas físicos de pagamento. 

Neste caso o cliente baixa previamente um aplicativo da rede varejista em seus telefones e depois de escolherem os produtos de seu interesse, no interior da loja, as faturas são enviadas aos seus telefones.

Vale dizer que esse método se assemelha à tecnologia utilizada pelos bancos e outras instituições financeiras com a implantação dos caixas eletrônicos nas agências e pontos públicos de frequência como supermercados, lojas de conveniência etc. Também é comparável aos supermercados e cinemas que já operam os chamados caixas inteligentes, ou seja, a mão-de-obra do funcionário que exerceria a função de caixa é substituída pelo trabalho do consumidor.

Portanto, este post estimula a reflexão e o debate quanto ao papel da tecnologia na criação ou eliminação de postos de trabalho humano e seus efeitos socioeconômicos. E também sobre o fato de o setor empresarial utilizar o serviço do próprio cliente/consumidor concedendo-lhe ou não uma contrapartida remuneratória. 

Há quem diga que a maquinaria no mundo empresarial e de consumo pode aumentar a disponibilidade de trabalhadores desempregados e a sujeição deles à lei da oferta e da procura e, eventualmente, ao baixo salário e ao trabalho precarizado. 

Nesse caso é oportuno ressaltar que a disseminação da substituição de trabalhadores humanos por máquinas, pode reduzir a massa de renda dos trabalhadores. Esse fato permite lançar a seguinte hipótese a ser comprovada: como consumidores que são, os trabalhadores desempregados comprarão cada vez menos e, comprando menos, afetarão o desenvolvimento econômico pretendido pelos próprios empregadores. 

Diante disso, não é errado lembrar e levar em conta o que parece óbvio: a rentabilidade do capital também depende do aumento de sua circulação na economia. E, preferencialmente na mão de mais pessoas que, para isso, necessitam estar empregadas e/ou atuando como empreendedoras e, em consequência, remuneradas. 

Assim, com a abundância de recursos e bens, sobretudo os básicos (educação, saúde, moradia etc.), no primeiro momento, a mais pessoas, as boas condições de vida podem atender, de modo crescente, a todos os protagonistas da geografia econômica local, regional ou mundial.

Saiba mais:

http://www.sinpermiso.info/textos/robots-que-significan-para-el-empleo-y-los-sueldos

sábado, 17 de março de 2018

FATOS HISTÓRICOS E A EVOLUÇÃO DO MÉTODO DA GEOGRAFIA

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Entre 1870 e este final da década de 2010 verificou-se que as tipologias dos conceitos chaves da Geografia e suas respectivas aplicações podem ser periodizadas. 

É importante destacar que a técnica de periodização utilizada neste post, além de simplificar as descrições, está orientada no objeto de análise adotado pelos estudiosos proeminentes de cada período. 

Nesse caso é imprescindível mencionar que a definição e/ou alteração de cada método sofreu as influências emanadas de fatos históricos de grande repercussão materializados no espaço físico em cada época e que exigiam explicação. 

Desse modo os parágrafos seguintes versarão sobre o tema e também citarão alguns entre muitos geógrafos importantes do período de abordagem.

Sendo assim, os conceitos chaves predominantes entre 1870 e 1950, cujo período ficou conhecido como Geografia Tradicional e se destacaram o alemão FRIEDRICH RATZEL e o francês PAUL VIDAL DE LA BLACHE, foram indistintamente TERRITÓRIO, PAISAGEM e REGIÃO, a partir de descrições de suas características.

Já o período entre 1950  e 1990 ficou conhecido por Geografia Teorética-Quantitativa (ou Nova Geografia) e Geografia Humanista e estiveram em destaque o alemão FRED SCHAEFER e o inglês GORDON MANLEY que atuaram naquela e  YI-FU TUAN nesta. Os conceitos mais enfocados, inclusive com o uso de recursos informacionais foram, respectivamente, ESPAÇO, fundamentando os estudos da organização espacial, e LUGAR com valorização dos seus aspectos culturais.

O período entre 1990 e este final da década de 2010, por sua vez, teve a característica a Geografia Radical (ou Crítica) onde se destacaram o francês IVES LACOSTE e o brasileiro MILTON SANTOS. Tornou-se chave o conceito de ESPAÇO GEOGRÁFICO constituído pela integração do espaço social (relações sociais) ao espaço natural e seus elementos (espaço físico), incluindo-se os objetos produzidos pelo trabalho humano com o uso da técnica. 

sexta-feira, 9 de março de 2018

GEOLOCALIZAÇÃO COMO FERRAMENTA PARA O PLANEJAMENTO URBANO

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Geolocalização ou georeferenciação é um termo cuja definição é mais facilmente entendida pelos profissionais das disciplinas científicas que têm por objeto de estudo a Terra. Trata-se da localização geográfica instantânea do alvo de interesse, num ponto determinado. Para tanto se utiliza a integração de hardware (celulares de alta resolução entre outros dispositivos móveis) e software (inclusive receptores de GPS e sistema de coordenadas) alimentado por dados geográficos.

Essa técnica geralmente é aplicada por profissionais das áreas de Geografia, agrimensura, engenharia e topografia. Ela é exigida pela Lei nº 13.465/17 e a norma ABNT NBR 14.166. Também está prevista no Acordo de Cooperação da Rede de Marcos Passivos firmado entre o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para quem não tem dispositivos portáveis, como o celular, por exemplo, o site do dicionário "que conceito" (http://queconceito.com.br/geolocalizacao) indica como opção o Google Earth que se trata de "um programa informático, similar ao sistema de informação geográfica, que permite obter imagens do planeta em tecnologia 3D em combinação com imagens de satélite, mapas e o mecanismo de busca do Google [...]".


Saiba mais:

PRÁTICA ANTIGA ESTÁ PRESENTE HOJE: EXPORTAÇÃO DE MATÉRIAS-PRIMAS E IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS MANUFATURADOS

Panamá abre las esclusas al comercio con China

A relação comercial assemelhada à que ocorria nos Séculos XV e XVIII entre as Metrópoles europeias e suas Colônias latino-americanas  se repete parcialmente neste final da década de 2010. Ou seja, no gráfico supracitado, da balança comercial do período entre 2004 e 2017, o valor das exportações do Panamá para a China foi proporcionalmente ínfimo. Atingiu a cifra de 37,8 milhões de dólares contra a importância de 922,0 milhões de dólares de importação da China. 

E mais, por um lado as exportações panamenhas se limitaram principalmente a produtos agrícolas e minérios. Por outro lado, a alta cifra atingida pelas importações panamenhas oriundas do país asiático são constituídas de produtos industrializados que, evidentemente, contém valor agregado da tecnologia (Fonte: Óscar Granados, El País, 24/02/18 citado por [redgeoecon] 144/18 - Panamá abre las esclusas al comercio con China).

Sendo assim o gráfico seguinte justifica o ponto de vista antes citado que evidencia a replicação, nos dias atuais, quanto ao aspecto econômico, de uma prática de comércio entre Nações extinta oficialmente a mais de 200 anos. 

Vale dizer que o acordo comercial já citado não é integralmente uma prática mercantilista por dois motivos principais. Motivo 1: está estabelecido entre países soberanos. Motivo 2: aparentemente não prevê a dependência política, econômica, social e cultural  entre ambos como ocorria no pacto colonial.


Pacto Colonial (Século XV ao Século XVIII)
Pacto colonial
Fonte:https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/pacto-colonial-a-relacao-metropole-colonia

Ressalta-se, porém, que o modelo de negócio internacional baseado na exportação de matérias-primas e importação de produtos manufaturados também está presente na relação do Brasil com outros países industrializados.

quinta-feira, 1 de março de 2018

(I) LEGALIDADE DA TAXA DE LIXO (RESÍDUO)

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Este post trata do ponto de vista jurídico sobre o tema denominado cobrança da taxa de lixo domiciliar pelos Municípios que,muitas vezes,não é devidamente compreendido pelas fontes geradoras desse material.

Por outro lado sabe-se que a carga tributária no Brasil é considerada absurda ao
mesmo tempo que o serviço prestado não tem boa qualidade na opinião de parcelas dos usuários contribuintes.

Porém, sabe-se também que sem orçamento financeiro para pagar os gastos com a coleta, destinação e ou disposição ambientalmente adequada dos resíduos não há eficiência no serviço prestado.

Divergências à parte transcreve-se a seguir um trecho do texto sobre o assunto publicado na Revista Gerenciamento Ambiental nº 24 (2003).

"Poderá ser cobrada taxa nos casos em que explicita o artigo 77 do Código Tributário Nacional. 'As taxas (...) têm como fato gerador o exercício do regular poder de polícia, ou à utilização efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição'.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

DESAFIO DE CAMBIAR O MODELO DE TRANSPORTE INDIVIDUAL

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A iniciativa da administração pública chinesa de implantar cidades planejadas (leia trecho da notícia abaixo) sem uso de automóvel, também chamadas de cidades satélites, nas imediações de grandes centros urbanos merece atenta reflexão. 

O plano chinês tem por justificativa, entre outras,  a falta de suporte da infraestrutura viária para o modelo de transporte individual por automóveis e outros meios motorizados de locomoção. 

Todavia, considerando o status quo do urbanismo nas grandes aglomerações urbanas em todo o mundo a ideia chinesa não é mais que um indicio promissor para a sustentabilidade urbana ambiental. E o motivo é simples: não se pode dizer que a criação de cidades planejadas é um modelo viável para abrigar as populações e atividades do mundo real considerando todas as complexidades das inúmeras demandas interatuantes que crescem continuamente ao sabor do modo de vida da sociedade atual. 

Diante disso, não é errado dizer que a construção de uma cidade sustentável que englobe os pontos de vista socioespacial, administrativo, econômico, cultural, político, religioso etc. requer vários procedimentos. Um deles é induvidosamente uma atuação transformadora do processo educativo no modelo de relações de produção, consumo, trabalho, geração de renda e lucro da sociedade capitalista industrial, financeira e tecnológica de hoje.

Trecho de notícia:

Uma cidade sem carros

"A região próxima à cidade de Cheng-du, na China terá uma cidade satélite sustentável que dispensará o uso de automóveis. O motivo é que o ponto mais distante da cidade precisará de apenas quinze minutos de caminhada para ser alcançado. As obras devem começar no final de 2012 e a previsão é a de que serão concluídas em oito anos [...]"(PAINEL, 2012).

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

INFLUÊNCIA SÓCIO ESPACIAL DA ARBORIZAÇÃO URBANA

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Este post reproduz literalmente dois parágrafos do artigo intitulado "A importância e necessidade de arborização urbana correta". É do engenheiro florestal Laerte Scanavaca Júnior, e foi publicado na edição nº 219, de junho de 2013, da Revista Painel/AEAARP. Esta iniciativa se justifica tendo em vista a contribuição educativa do artigo sobre os efeitos socioespaciais das árvores ao conforto e à saúde humana.

Ou seja: 

"Uma árvore transpira aproximadamente 0,3 litro de água por metro cúbico de copa. Uma árvore de grande porte (mais de 10 metros de altura) possui em média 120 m³ de copa, desse modo, chega a transpirar 400 litros de água por dia. Isso equivale a 5 aparelhos de condicionador de ar ligados as 24 horas do dia"

"Em São Paulo há diferença de temperatura em bairros bem arborizados como o Morumbi, que tem 48 m²/habitante de floresta em relação a um bairro pouco arborizado como o Itaquera, com 2 m² de floresta por habitante, sendo que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde são 12 m²/habitante de floresta. A diferença de temperatura entre os bairros chega a 10° C e a umidade relativa a 30%. Os apartamentos com vistas para os parques ou florestas urbanas também são os mais valorizados (30% mais caros)".

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

O PAPEL ESTRATÉGICO DA AMAZÔNIA NO MEIO AMBIENTE

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Neste post se homenageia o engenheiro Gèrard Moss e o professor Enéias Salati. E o motivo é simples: eles são os autores da matéria sobre os chamados rios voadores (ou aéreos, conforme mostra a imagem acima), cujo conteúdo contribui com a educação ambiental da sociedade, sobretudo em relação à preservação da Amazônia. 

Sendo assim se reproduz abaixo de modo literal um trecho do artigo publicado na Revista Painel nº 220, de julho de 2013, editada pela Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto:

"Os rios voadores são capazes de transportar o volume de vapor de água até maior que a vazão de todos os rios do centro-oeste [do Brasil] e com a mesma grandeza da vazão do Rio Amazonas (200 mil metros cúbicos por segundo)".

Diante da importância socioespacial e econômica desse fenômeno dos "rios voadores" ou "rios aéreos" vale a pena ler a matéria na íntegra no link abaixo.

Saiba mais:

https://www.aeaarp.org.br/revista-painel

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ESTADOS UNIDOS PODE INFLUENCIAR O BRASIL A REDUZIR SUA ALTA CARGA TRIBUTÁRIA



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O noticiário recente destaca a reforma fiscal (carga tributária) dos Estados Unidos e seus efeitos na competitividade da economia estadunidense, de outros países e, sobretudo, do Brasil. 

Também há comentários de especialistas da área de que essa iniciativa do governo Trump pode pressionar o Brasil a reduzir sua alta carga tributária conforme se verifica no trecho abaixo reproduzido literalmente da matéria do jornal brasileiro O Estado de São Paulo (14 de outubro de 2017):

"O economista Bernard Appy, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, diz que a proposta pode aumentar a pressão no Brasil pela redução da carga tributária. 'No País, a tributação do imposto de renda das empresas é de 34%.Tem uma tendência mundial de redução da tributação do Imposto de Renda. Isso vai gerar uma pressão aqui também', diz. Do ponto de vista macroeconômico, o risco é de que a reforma possa trazer problemas fiscais para os Estados Unidos e acelerar o processo de alta dos juros, com impacto negativo sobre o Brasil no futuro" (Disponível em:http://economia.estadao.com.br/).

CIDADES SEM AUTOMÓVEL

(Flickr/Mispahn)
Fonte: Revista Fórum


Este post homenageia as iniciativas dos gestores das cidades e demais pessoas que desenvolvem e aplicam a ideia de melhorar a mobilidade urbana criando pelo menos ruas sem automóveis na impossibilidade de criar cidades sem eles. 

Desse modo se reproduz trechos de modo literal de uma matéria sobre a temática publicada na Revista Fórum (https://www.revistaforum.com.br/2015), visando difundir essa importante estratégia e estimular a reflexão de gestores de outras cidades:

"Um número crescente de cidades tem se livrado dos carros em determinados bairros a partir de multas, redesenho de suas ruas, novos aplicativos, e, no caso de Milão [Itália], foram adotadas medidas como pagar os trabalhadores para que deixem seus veículos em casa e peguem o trem"; 

"A poluída cidade de Milão vem testando uma nova forma de manter os carros longe da região central. Quem deixar seus veículos em casa ganhará voucherspara utilizar o transporte público. Um aparelho conectado à internet, instalado no painel do automóvel, rastreia sua localização, para que ninguém trapaceie e dirija até o trabalho. A cada dia que alguém deixa o carro em casa, a prefeitura envia um voucher, sempre no mesmo valor, que pode ser usado como passagem no ônibus ou trem". 

Ressalta-se que a iniciativa de Milão na aplicação da estratégia conhecida por cidades sem automóvel também está presente em Chengdu (China), Copenhague (Dinamarca), Hamburgo (Alemanha), Helsinque (Finlândia), Madri (Espanha), Paris (França). 


domingo, 21 de janeiro de 2018

FOBÓPOLE OU SIMPLESMENTE FOBIA URBANA


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Este post destaca a importância do marco teórico da Geografia e da atuação de geógrafos na criação de termos cada mais apropriados para interpretar os fenômenos geográficos, em particular, ocorridos na realidade urbana.

Um exemplo dessa afirmação pode ser verificado no artigo "A 'reconquista do território', ou: Um novo capítulo na militarização da questão urbana, de 3 de dezembro de 2010. Sua autoria é atribuída ao Professor Marcelo Lopes de Souza, do Departamento de Geografia a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Este autor teria juntado as palavras gregas phóbos (= medo) e pólis (= cidade) para formar o termo "fobópole". 

O termo fobópole foi cunhado para designar "uma cidade na qual o medo impregna o cotidiano, tornando-se um dos aspectos centrais de nossa vida e de nossas preocupações, condicionando as mais diferentes facetas da nossa existência". Esta definição consta do artigo da Escola Nacional de Saúde Pública (http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/14355).

O subscritor deste post oferece alternativamente o uso do termo "fobia urbana", visto que, o neologismo fobópole pode dificultar o entendimento do fenômeno da violência urbana pelo homem médio (pessoa de nível escolar mediano).

Vale ressaltar que o conteúdo do artigo "A reconquista do território [..]" (Noticias del CeHu nº 514/10,www.centrohumboldt.org), fundamenta-se em extensa bibliografia sobre as unidades de polícia pacificadora, tropa de elite, conceito de território, sociedades biopolíticas de in-segurança e des-controle dos territórios, biopolítica ou biopoder [poder de garantir a vida coletiva pela norma], forças armadas e polícia: entre o autoritarismo e a democracia, além de outros. E se organiza através de tópicos como: 

1) A geopolítica urbana da “guerra ao tráfico”; 

2) A comunidade hoje pertence ao Estado; 

3) O papel da mídia; 

4) A dimensão “biopolítica” das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs); 

5) O Haiti como “laboratório”: o significado mais amplo da reconquista do(s) território(s). 

Apesar de ter decorrido pouco mais de sete anos de sua publicação deste artigo pode ser considerado atual em vista da continuidade da problemática da violência urbana na área estudada pelo seu autor, cujo fato por si só justifica a sua leitura e reflexão, sobretudo pelas autoridades responsáveis pela segurança pública.


Saiba mais:


domingo, 14 de janeiro de 2018

NÍVEIS DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS: OS ULTRA PROCESSADOS


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"Alimento ultra processado" é uma das classificações da intensidade do processamento dos alimentos como é exemplar o caso de biscoitos, embutidos, enlatados, salgadinhos, sanduíches, e alguns tipos de pães.

Ressalta-se que essa temática é de interesse aos estudos acadêmicos científicos, inclusive no campo da Geografia da Saúde, e às políticas públicas, assim como na tomada de decisão das pessoas quanto à definição de seus hábitos de consumo.

Sendo assim este post reproduz na íntegra o objetivo, os métodos, resultados e as conclusões de um artigo publicado, em 2015, na Revista Saúde Pública sob o título "alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta no Brasil". Seus autores são: Maria Laura da Costa Louzada, Ana Paula Bortoletto Martins, Daniela Silva Canella, Larissa Galastri Baraldi, Renata Bertazzi Levy, Rafael Moreira Claro, Jean-Claude Moubarac, Geoffrey Cannon, Carlos Augusto Monteiro. As instituições representadas são: Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição Aplicada. Instituto de Nutrição. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil; Departamento de Nutrição. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. O artigo encontra-se disponível na íntegra em: www.scielo.br/rsp.


"OBJETIVO: Avaliar o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados sobre o perfil nutricional da dieta. MÉTODOS: Estudo transversal com dados obtidos do módulo sobre consumo alimentar de indivíduos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A amostra, representativa da população brasileira de 10 ou mais anos de idade, envolveu 32.898 indivíduos. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois registros alimentares de 24h. Os alimentos consumidos foram classificados em três grupos: in natura ou minimamente processados, incluindo preparações culinárias à base desses alimentos; processados; e ultraprocessados. RESULTADOS: O consumo médio diário de energia per capita foi de 1.866 kcal, sendo 69,5% proveniente de alimentos: in natura ou minimamente processados, 9,0% de alimentos processados e 21,5% de alimentos ultraprocessados. O perfil nutricional da fração do consumo relativo a alimentos ultraprocessados mostrou maior densidade energética, maior teor de gorduras em geral, de gordura saturada, de gordura trans e de açúcar livre e menor teor de fibras, de proteínas, de sódio e de potássio, quando comparado à fração do consumo relativa a alimentos in natura ou minimamente processados. Alimentos ultraprocessados apresentaram, no geral, características desfavoráveis quando comparados aos alimentos processados. Maior participação de alimentos ultraprocessados na dieta determinou generalizada deterioração no perfil nutricional da alimentação. Os indicadores do perfil nutricional da dieta dos brasileiros que menos consumiram alimentos ultraprocessados, com exceção do sódio, aproximam este estrato da população das recomendações internacionais para uma alimentação saudável. CONCLUSÕES: Os resultados indicam prejuízos à saúde decorrentes da tendência observada no Brasil de substituir refeições tradicionais baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados e apoiam a recomendação para ser evitado o consumo desses alimentos" (LOUZADA et all).

Saiba mais sobre alimentos ultra processados: