sábado, 27 de julho de 2013

BRASIL: MOBILIDADE URBANA CAÓTICA



A causa do problema da mobilidade urbana no Brasil é apontada pelos seguintes motivos: excesso de carros, baixo investimento em vias e não acompanha o aumento da frota que cresce a cada dia, transporte coletivo ruim e caro. 
A Cidade do México, na capital mexicana, por exemplo, teria resolvido seu problema de mobilidade investindo pesado em transporte público. 
O que você pensa disso? Como está o transporte coletivo na sua cidade? Participe, dê sua opinião!


sexta-feira, 26 de julho de 2013

FALTA D'ÁGUA: DESCASO COM A POPULAÇÃO



HORROR URBANO






O termo horror foi usado inesperadamente por uma jovem senhora dentro de uma agência bancária em Ribeirão Preto (SP), na semana passada. Seu gesto de espanto ocorreu quando um motociclista, aparentando pouco mais de 20 anos, se dirigiu a um dos terminais de caixa e, em seguida, foi abordado por um senhor, que fazia a segurança do local, solicitando-lhe a retirada de sua motocicleta da frente de uma área de estacionamento porque ela impedia a saída de veículos.
A indignação da jovem senhora mostrava sua desaprovação com a falta de consideração do motociclista com as normas da boa convivência nas cidades. 
Este não foi um ato isolado. Nota-se que, a cada dia, aumenta o número de pessoas com mau comportamento no uso dos bens públicos e particulares de interesse coletivo. Muitos indivíduos agem como se eles fossem donos das ruas, praças, calçadas, áreas de estacionamento etc., ou seja, dos bens de uso comum que constituem patrimônio da cidade e, portanto, de todos.
O “horror” manifestado pela mulher é resultado do seu descontentamento com a falta de educação que acomete um número crescente de indivíduos. A questão do estacionamento da motocicleta em local proibido foi a “gota d'água”; provavelmente resultou do acúmulo de vários atos incivilizados presenciados por ela no seu convívio cotidiano com as pessoas dentro da cidade.
Com efeito, a prática do desrespeito ao patrimônio individual e coletivo e às regras do bom comportamento se tornou comum. A luz do dia e, muitas vezes, no meio do vai e vem de usuários das ruas e calçadas, ou até nas imediações de postos policiais são cometidos atentados contra as pessoas. Atos de vandalismos tomam conta de manifestações de rua em prejuízo de pessoas que, geralmente, também são vítimas da falha ou falta de políticas públicas para suprir as demandas das cidades. Como se não bastasse à cultura da violência e da banalização da decência também toma conta de programas televisivos que dispõem de meios poderosos de (des) educação.
Para concluir e incentivar a reflexão sobre esse “horror” que não condiz com a cidade como espaço de todos cumpre ressaltar a necessidade de se resgatar a educação moral e cívica e, por efeito, o convívio pobre-pobre, rico-rico, rico-pobre e pobre-rico nas políticas públicas municipais antes que a multiplicação de “horrores” instaure o caos urbano.  



quinta-feira, 18 de julho de 2013

DESPERDÍCIO DE CONCRETO



O monte de concreto mostrado na foto foi jogado de um caminhão-betoneira, usado no transporte e a aplicação desse produto, num trecho da estrada municipal no prolongamento da Avenida Pedro Amoroso um pouco acima do depósito de resíduos e rejeitos de Cravinhos.
Trata-se de um ato de desperdício de matéria-prima de alto custo na construção civil. Mas não é só isso. Provavelmente o dono da obra pagou pelo material descartado e talvez por isso o fornecedor do concreto e o motorista do caminhão-betoneira não tiveram a preocupação nem de poupar os recursos financeiros do seu cliente nem da mãe natureza. E, por efeito, o custo da obra ficou encarecido, o meio ambiente contaminado e os infratores impunes tendo em vista que não foram identificados.
Mas o problema apontado não se restringe a Cravinhos. Segundo a associação de empresários do setor de concretagem a atividade da construção civil estaria descartando anualmente, 45 mil toneladas de concreto na forma de rejeito. Trata-se de restos de produto não usado nas obras, da lavagem do pátio das centrais de produção e do balão (dispositivo de armazenamento) dos caminhões-betoneira usado no seu transporte até a obra.
Transformado em rejeito o concreto requer manejo ambientalmente correto porque é classificado como perigoso devido suas condições químicas (alcalinidade) poder causar danos ao solo, lençol freático etc. Além disso, se gasta muita água (cerca de 700 litros) nos procedimentos de lavagem desses equipamentos e veículos.
Um aditivo químico desenvolvido por uma universidade brasileira evitaria o endurecimento do concreto no balão do caminhão e outros equipamentos permitindo seu reuso e a economia de água, uma vez que não seria necessário lavá-los a cada carga produzida e despejada na obra. O pesquisador responsável pelo aditivo afirma que sua aplicação, no concreto, não gera efeitos colaterais indesejáveis, seja no seu estado fresco ou endurecido.

Portanto, a solução ambiental e econômica para os restos de concreto fresco existe. É preciso mudar a cultura de donos de obras, empresários e motoristas de caminhão-betoneira que desobedecem as normas técnicas e ambientais, seja pela conscientização, multa ou instauração de processo criminal contra os infratores.

domingo, 7 de julho de 2013

ENFERMAGEM E SAÚDE




Este texto foi originado nas observações deste autor do excelente nível de desempenho profissional de enfermeiros e enfermeiras de uma Santa Casa da região de Ribeirão Preto (SP) 
As palavras para qualificar a atuação desses (as) profissionais são competência, senso de responsabilidade, dedicação, cordialidade, bom humor e solidariedade entre si e com os pacientes internados. Vale dizer que tais adjetivos se mantêm inalterados no que pese a jornada de trabalho, geralmente exigente e extensa, dos (as) enfermeiros (as), o cenário de dor e, às vezes, desesperança do doente em relação à cura e as exigências de gestão do espaço administrativo e assistencial. 
Essa referência tem mais destaque ao se considerar que os valores antes assinalados estão cada vez mais escassos ou desprezados, nos dias atuais, em que se vive numa sociedade focada na posse e ou consumo, muitas vezes exagerado, de bens materiais; no individualismo e isolamento entre as pessoas. Para agir de modo tão eficiente não é errado dizer que esses trabalhadores, além de gostarem do seu ofício, foram muito bem preparados seja pelos colegas mais antigos na profissão, seja nos cursos técnicos ou universitários de boas instituições de ensino. Pode-se dizer que, ao agir assim, eles praticam ações de sustentabilidade em saúde, tornando a relação das pessoas, sob seus cuidados, mais harmoniosa com o espaço que as rodeia.
Por fim reproduz-se o resultado da leitura do trabalho acadêmico, de Denise Pires, publicado na Revista Brasileira de Enfermagem (nº 5, outubro/novembro 2009) objetivando contribuir com a divulgação e valorização da enfermagem perante a sociedade e, principalmente, os usuários dos serviços de saúde. De acordo com essa autora a enfermagem é ao mesmo tempo disciplina científica, prática social, carreira da área da saúde e tem relação com o cuidar das pessoas; além disso, a qualidade da assistência em saúde está diretamente relacionada ao seu desempenho. O exercício da profissão no Brasil foi regulamentado em 1986 pela Lei 7.498. 
Para resumir a autora citada define este ofício como “a busca do bem estar dos seres humanos, seja dos que estão doentes, seja no sentido de promover o bem estar e a saúde”. Cumpre destacar que o desempenho da enfermagem tem relação direta com as condições de trabalho e a participação dos demais profissionais que integram o atendimento administrativo, laboratorial, técnico e médico em saúde nas instituições. Não é errado repetir o ditado: "sem enfermeiro (a) [do nível assinalado neste artigo] não há saúde".


quinta-feira, 4 de julho de 2013

O PERIGO DAS FERRAGENS MÓVEIS


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O perigo de acidentes de diferentes causas cada vez aumenta mais conforme o dia, horário, as condições físicas, quem usa e o tipo de uso que se faz da estrada.
Uma das causas de perigo que se abordará neste artigo é a presença dos caminhões canavieiros tipo bitrens ou treminhões que trafegam tanto nos carreadores das lavouras, nas estradas rurais de chão como vicinais e rodovias.
Os empresários do setor parecem querer transportar sempre mais num mesmo veículo e buscar encurtar o tempo de percurso entre o carregamento no campo à chegada, pesagem e descarregamento na usina, sua volta ao campo e seu retorno novamente à usina. A meta deve ser a de usar a eficiência máxima do caminhão para conseguir o menor custo por tonelada. E, por efeito, buscar de modo incessante o aumento do salário (empregado), lucro ou renda (patrão) como se a vida nunca terminasse e a acumulação de riqueza não tivesse limites.
E nesse ritmo alucinante os motoristas dessas gigantescas e perigosas estruturas de ferragens móveis, com freqüência, se esquecem de cumprir protocolos e normas de segurança para si e ou terceiros que também fazem uso das estradas e rodovias.
Esse é o caso do treminhão canavieiro da foto que trafegava na mal cuidada Rodovia Cunha Bueno no sentido da rotatória de entrada para Guariba e a Usina São Martinho, em Pradópolis, na região Nordeste do estado de São Paulo. Como pode ser observada sua gaiola está cheia de cana picotada e sem lona. Por esse motivo durante o percurso lavoura-estrada-usina o impacto do vento sobre a carroceria em movimento expulsa folhas que, juntamente com pedados de cana-de-açúcar, rolam entre seus vãos. E depois caem na estrada podendo atingir não somente os veículos que vêm atrás, mas também os que circulam na pista contrária.
É lamentável que o setor canavieiro não disponha ou use meios de controle rigoroso dessa importante, porém perigosíssima atividade de transporte de matéria-prima para as usinas e que a fiscalização dos órgãos públicos não seja suficientemente capaz para coibir a falha apontada.