O voto é um ato aparentemente
simples de teclar os números na urna, mas que tem um efeito particular de muita
responsabilidade: contribuir para dar um enorme poder a uma pessoa que deve ser
capaz de resolver os abundantes problemas do país, muitos deles originados no
Império.
A depender de sua formação moral,
capacidade profissional, de liderança e articulação a pessoa que se eleger vai
cuidar, bem ou mal, de uma receita estimada em quase 3 trilhões de Reais para o
exercício financeiro de 2015. O poder dessa fortuna é praticamente
inimaginável. Bem usado esse poder certamente resolverá quase todos os problemas
brasileiros.Todavia empregado a serviço daqueles que o adquirem para aumentar
seu patrimônio, pessoal e de seus financiadores, o país continuará capengante
no controle do custo de vida, na educação, infra-estrutura, saúde, segurança,
no transporte público, subjugado pelo crime organizado, entre outras mazelas.
Portanto, é inadmissível o
exercício da Presidência da República por alguém que não tenha retidão no uso
do cargo, sobretudo na forma de elaborar, aperfeiçoar, aprovar e conduzir as
políticas púbicas. Não se pode admitir a elevada carga de impostos e taxas, a
má gestão financeira, à desqualificação dos serviços à população, os crimes,
por exemplo, contra a honestidade na administração e no uso do dinheiro público.
Também não se pode aceitar a submissão aos acordos políticos partidários que
fujam ao livre exercício dos demais poderes federais, estaduais e municipais no
interesse social.
Além disso, a pessoa que ocupar a principal cadeira de governo do país
tem que reunir atributos para driblar os maus políticos, ou empresários, e
líderes sociais ávidos para usar os recursos públicos para fins particulares.
Entre os disputantes da
Presidência da República o merecedor do voto é aquele que, desde já, passar a confiança
de que possui as qualificações antes citadas para cumprir as atribuições do
cargo e adotar os numeráveis e complexos desafios que a Nação impõe.