terça-feira, 28 de maio de 2013

Veículos e sucatas deixados nas ruas

O autor desta coluna tem recebido manifestações de pessoas reclamando contra carcaças, veículos depenados, ou carros aparentando bom estado de funcionamento, mas deixados em estado de abandono nas ruas, ou terrenos particulares a céu aberto, e sem muro. Esta prática errada causa poluição visual, contribui com a atração de vetores de doenças (ratos, baratas, pernilongo etc.) e por isso geralmente é proibida pelo Código de Posturas dos municípios.
Há também reclamações de veículos, máquinas agrícolas, carrocerias, gaiolas canavieiras, tanques de combustíveis de grande porte que são estacionados nas ruas, e terrenos vazios aguardando reparos pelas oficinas mecânicas, funilarias, metalúrgicas entre outras. Igualmente este procedimento não é compatível com a ordem urbanística, e ambiental sendo proibida pela legislação dos municípios.
Vale dizer que os vizinhos desses “cemitérios de veículos, e sucatas” além de sofrer os efeitos negativos de sua poluição sujeitam-se a conviver com esconderijos de criminosos, recipientes para acúmulo de água, e proliferação do mosquito da dengue, que esses objetos abandonados podem dar causa.
Algumas prefeituras já estão fiscalizando essas irregularidades buscando reestabelecer a ordem urbanística, e ambiental no município. O primeiro passo tem sido o de localizar os possíveis donos dos veículos, e objetos abandonados ou aguardando reparos. O segundo é obrigar seus donos, ou oficinas, a tirá-los dos locais que incomodam, ou causam riscos à saúde pública. Por fim, esses materiais são considerados abandonados se o proprietário não atender a determinação da prefeitura. Neste caso sua remoção para um pátio municipal devidamente licenciado é efetivada pela fiscalização municipal. Os custos da remoção, e guarda desses objetos é cobrado do responsável. A prefeitura tem um meio de destinação legal no caso do dono não aparecer dentro de um prazo determinado por ela.
Mas, antes disso, o autor dessa coluna recomenda aos responsáveis pelos incômodos, e problemas citados a por em prática o bom senso, e a política de boa vizinhança adequando suas práticas às normas públicas. Há um ditado popular que diz “meu direito termina onde começa o do outro”.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

PERIGO DE MORTE AUMENTA









Um dos motivos: desleixo com os resíduos, e rejeitos 

humanos como ocorre não somente nas cidades mas

também no mar (pesquise, e comente o caso da ilha de lixo 

no oceano Pacífico) aonde estariam as maiores riquezas 

desta civilização. A solução desse gravíssimo problema não 

é outra senão a mudança dos padrões de produção, 

consumo, e estilo de vida de parte da sociedade que se

 enriquece explorando indevidamente seus semelhantes e

os elementos da Natureza. A miséria da maioria, e a super-

riqueza concentrada na vida de poucos devem ser 

erradicadas.

O que você pensa disso? Como devemos reagir a essa

 infâmia ambiental?

Faça seu comentário aqui e agora!



quinta-feira, 16 de maio de 2013

Infâmia ambiental


A infâmia é uma palavra pouco usada na linguagem popular, mas nos dicionários quer dizer agir com baixeza, indignidade etc.
Essa é a maneira de agir de uma parcela da população mundial no trato dos resíduos, e rejeitos que produzem, e jogam fora, em qualquer lugar.
Foi encontrada uma ilha gigante (foto), do tamanho da Espanha, e Portugal juntos, localizada no Oceano Pacífico, a 1.000 km do Hawai (América Central), abarrotada de resíduos, e rejeitos sólidos de vários tipos, e tamanhos. Ela parece um lixão flutuante, segundo seu descobridor, um oceanógrafo estadunidense, citado por Graciela Mariani (La Nacion.com), autora da matéria.
Lá teriam sido encontradas lâmpadas, tampas de garrafas, escovas de dente, bóias, artefatos de pesca, e pequenos pedaços de objetos plásticos. Estas substâncias químicas provocariam contaminação de peixes, e outros seres vivos, das águas do entorno da ilha-lixão, ou ilha-país. 
Os resíduos, e rejeitos, descartados indevidamente pelas populações, de varias partes do mundo teriam parado ali, vindos pelo mar, através de correntes marítimas, e de ventos, que atuam nesta região.
Esta notícia provoca indignação nas pessoas, com educação ambiental, não só por que se trata de uma ilha, mas também pelo fato de uma parcela da sociedade insistir em não querer entender que a Terra não é infinita. E, portanto, não se tem abundância de recursos naturais para tudo, e todos, a todo tempo, e a qualquer momento, ou lugar.
Esse é um bom motivo para se refletir sobre o consumo desnecessário de objetos, e o descarte indevido de restos. E, a necessidade de reduzir a geração de resíduos, e rejeitos, associadas às medidas de reutilização, e reciclagem das embalagens, e sobras, inclusive orgânicas (restos de comida, frutas, verduras, legumes, podas vegetais etc.). O caminho é mudar processos, matérias-primas, e hábitos de lidar com a fabricação, o consumo de bens, e os dejetos produzidos.

Acessem o site http://www.livro-cidadedetodos.blogspot.com.br/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Compostagem de resíduos


Para facilitar a compreensão do tema deste artigo pelas pessoas não ligadas ao meio técnico é preciso definir as palavras compostagem, resíduo e lixo.
A compostagem é uma técnica de reciclagem em que os materiais orgânicos são transformados em composto orgânico. Os materiais orgânicos podem ser restos de frutas, verduras, legumes, cascas, folhas, podas de vegetais em geral.
A palavra lixo tem sido usada de maneira indevida para qualificar todos os materiais descartados pela residência, comércio, escritório, escola, órgão público e privado entre outros. Na prática estes materiais não são lixo, mas se constituem de resíduos (objetos reusáveis e recicláveis, ou compostáveis), e rejeito (aquilo que não tem mais condições de reuso, reciclagem, ou compostagem). O rejeito também pode ser nomeado como lixo. Ou seja, a palavra lixo só deve ser usada como sinônimo de rejeito.
Quanto à compostagem é importante dizer que se trata de uma técnica de fácil, e baixo custo de aplicação para tratar os resíduos orgânicos gerados pelas residências, empresas etc. que atinge entre 45%, e 65% do total coletado. Portanto, ao implantar a compostagem os municípios transformam seus restos inaproveitáveis em adubo para as lavouras, economizando dinheiro com a manutenção de aterros sanitários.
Outro resíduo que pode ser compostado é o de lodo de estações de tratamento de esgoto. O lodo é obtido da remoção do material sólido da água usada para “transportar” as fezes, e outros componentes do esgoto. Aliás, deve-se alertar para o atraso tecnológico do processo de afastamento e tratamento do esgoto no Brasil, ou seja, usar um produto nobre, e em fase de escassez, como a água potável, para transportar dejetos humanos. Ampliar o uso de tratamento de dejetos a seco, como já ocorre em várias comunidades sustentáveis pelo Brasil afora, é uma das alternativas a serem aperfeiçoadas e aplicadas.
No entanto, os governantes não têm colocado nas suas agendas de trabalho o aperfeiçoamento, e a aprovação de política pública de compostagem de resíduos em geral, sobretudo os das residências, e das estações de tratamento de esgoto.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Entulho na beira da estrada


Este artigo é resultado de um giro em busca de notícias sobre o manejo de entulho de construção em três cidades do Estado de São Paulo, uma do Rio de Janeiro, e uma de Rondônia. Não fosse a distância mantida entre uma e outra se poderia dizer que o manejo de entulho, de maneira errada, numa estaria influenciando à outra.
Entretanto um fato em comum há entre elas: o descarte desses materiais em beira de estrada, córregos ou rios. Piscina plástica, pneus, latas, regadores de água, baldes usados em obras, fiação elétrica, madeira, arame, restos de árvores etc. estão entre os materiais abandonados irregularmente nos locais citados.
Numa das cidades os moradores estão preocupados com o mau uso desses materiais. As placas de lajes abandonadas podem se transformar em meio para os criminosos assaltarem colocando-as no meio da pista de trânsito para forçar os veículos pararem.
Mas, esse comportamento incivilizado também está perto de nós. A Rodovia José Fregonesi que liga Cravinhos a Ribeirão Preto, por exemplo, está sendo transformada em local preferido para o descarte de entulho: vigas de concreto, pedaços de cerâmica, restos de asfalto, madeira, fiação, pneu, papel, papelão, privada de louça etc. foram jogados, em três ou quatro trechos, por veículos desconhecidos. A julgar pelos sinais de pneus deixados nos locais, parte deles foi jogada por veículos de médio e grande porte. A foto acima registra um dos montes de restos de obras jogados nesta rodovia.
Diante desse quadro preocupante os governos municipais precisariam implantar, ou aperfeiçoar a política municipal de gestão de resíduos, e rejeitos reforçando o controle das obras em andamento, o plano de coleta e destino, a educação ambiental, e a equipe de fiscalização. Uma boa estratégia é “amarrar” a aprovação dos projetos de reforma, e construção à comprovação da destinação correta dos resíduos, e rejeitos, e oferecer o tratamento deles por tecnologias atualizadas com base em reuso, e reciclagem. Associada a esta tática é envolver os revendedores de material de construção, transportadores, engenheiros, arquitetos, pedreiros e demais profissionais que atuam no ramo. É uma empreitada trabalhosa, mas não impossível de implantar e obter êxito.