sexta-feira, 31 de março de 2017

COLETA MISTURADA E DESTINAÇÃO DE LIXO EM ATERROS

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Os moradores, usuários e o setor produtivo das cidades geram diariamente diversas tipologias de resíduos e rejeitos na forma de sólidos, líquidos e gasosos que mal acondicionados, coletados, transportados e destinados causam impactos socioespaciais de diversas naturezas. 

Neste contexto não é incomum se deparar com recipientes inadequados sendo utilizados pelos geradores para colocar o resíduo ou rejeito para a coleta pública. 

Igualmente o serviço de coleta e transporte muitas vezes utiliza veículos, tripulações e equipamentos impróprios para a atividade acarretando, pois, a ineficiência por não cumprir o itinerário, horário e a frequência. 

A destinação, por sua vez, quase sempre se dá pelo aterramento dos materiais, cujo método está ultrapassado há pelos menos 50 anos, em relação ao paradigma atual (coleta seletiva, compostagem e reciclagem de resíduos e incineração de rejeitos). 

Vale dizer que o método vigente é responsável pelo desperdício de dinheiro que seria obtido pela separação e venda dos resíduos recicláveis, secos ou inorgânicos e úmidos ou orgânicos, que juntos somam cerca de 70% do total coletado. 

Portanto, assim estão configurados, grosso modo, os problemas dos resíduos sólidos municipais para facilitar as reflexões dos gestores públicos e população interessada na formulação de seus projetos.

Já as soluções podem ser encontradas nas diretrizes estabelecidas pela Lei Federal nº 12.305/10, também conhecida por Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS.

Esta lei trouxe no seu bojo a obrigação de os municípios implantarem suas políticas locais que incluam o Plano Municipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos - PMGIRS. 

Salienta-se que estas políticas abrangerão tanto os resíduos e rejeitos de obrigação de gerenciamento direto, como aqueles de obrigação indireta pelo Município. Ou seja, a obrigação direta diz respeito aos resíduos sólidos domiciliares. A indireta aqueles gerados no setor agrícola, comercial, construção civil, industrial, institucional e de serviços de saúde.

Apesar de os problemas ambientais, de saúde pública e estéticos ocasionados pela defasagem técnica do método de gestão em uso, as ferramentas da PNRS ainda não foram adotadas pela maioria dos municípios brasileiros.

terça-feira, 28 de março de 2017

MOBILIDADE URBANA COMO FENÔMENO SOCIOESPACIAL

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A mobilidade nas cidades é um tema que, há muito tempo, faz parte da área de estudos da geografia urbana como ramo científico que analisa, interpreta e propõe soluções para os fenômenos decorrentes das inter-relações do homem com o espaço geográfico.

Entretanto, somente nos últimos anos é que este tema passou a ser incluído na agenda dos gestores públicos.

Portanto, neste artigo, inspirado no trabalho de Rodolfo Alves Pena, se tratará da mobilidade urbana enquanto característica da infraestrutura viária das cidades. 

Esta abordagem se justifica uma vez que pelo sistema viário transitam e se comunicam ou interagem pessoas, mercadorias, objetos; veículos privados e públicos, individuais ou coletivos; máquinas, entre outros usuários deste meio urbano.

E um dos motivos da popularização deste importante tema geográfico está relacionado aos problemas, como, por exemplo, o congestionamento de veículos, e o excesso de pessoas, em recortes espaciais das cidades em que se concentram diversas atividades de interesse da população.

Neste caso podem ser citadas, respectivamente, as lojas de rua ou de centros de compras, bancos e outras instituições financeiras, escritórios comerciais, bares, restaurantes, entre outros locais de consumo.

Vale dizer que a vivência do autor deste artigo com o cotidiano de médias e grandes cidades, brasileiras e de outros países latino-americanos, abona a afirmação de Rodolfo Alves Pena, antes citado. Ou seja, a de que dois fatos são responsáveis de modo preponderante pelos problemas de mobilidade urbana no País: o transporte individual tem preferência da população em relação ao coletivo e, este, por sua vez, geralmente, é demorado e/ou está superlotado nos horários que mais se precisa dele. 

Como não bastasse além de haver uma relação de causa e efeito entre os dois fenômenos citados há também outros fatores contribuintes importantes a serem considerados. Um deles é a concentração de atividades comerciais e de serviço em um único ou poucos polos de sua prestação. O outro é o baixo investimento público na manutenção e recomposição do pavimento das vias que acarreta o crescimento da quantidade de buracos e crateras no sistema viário, anulando seu pleno uso.

GEOGRAFIA DA SAÚDE E PRAGA URBANA

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A propósito do surto da febre amarela que tem causado vítimas em estados do Brasil esta coluna trata do tema a fim de contribuir com a reflexão dos gestores públicos, das lideranças comunitárias, e demais pessoas. Afinal de contas essa “praga urbana” pode dar origem a problemas de saúde pública quando ignorada ou menosprezada.

Cumpre dizer que a "praga urbana" é um nome que costuma ser dado a animais como rato e morcego, além de insetos do tipo aranha, barata, carrapato, cupim, escorpiões, entre outors. Igualmente à mosca e mosquito (inclusive o transmissor da dengue, chikungunya, zika) que encontraram no ambiente urbano as condições adequadas para viverem e reproduzirem. 

Assim é o caso, por exemplo, da água parada, do esgoto, lixo, quintais mal conservados, restos de madeira, objetos em desuso abandonados, materiais de construção a céu aberto. 

Evidentemente a “praga urbana” acarreta não só riscos à saúde e a qualidade de vida das pessoas, mas também pode leva-las à morte, principalmente pela contaminação ambiental (água, alimentos etc.). E dela advém a transmissão de doenças tanto por falta do saneamento básico (água e esgoto não tratados), como desleixo com a limpeza dos imóveis, das cidades, áreas rurais e a destinação errada de resíduos e rejeitos.

Diante dessa realidade surgiram profissionais especializados no controle desses animais e insetos, os quais geralmente admitem que nem sempre é possível erradica-los, mas é totalmente possível prevenir os numerosos danos pessoais e materiais que se lhes atribuem.

Mas o controle deles também pode ser feito pelo próprio dono ou responsável pelo imóvel afetado através de higienização, e monitoramento frequentes dos locais de sua atração, seguindo-se, pois, a orientação legal e técnica dos órgãos públicos de meio ambiente e prevenção à saúde pública. 

Portanto, redobrar a vigilância e o combate à “praga urbana” é um dever de todos.

Saiba mais:

PROFISSIONAIS DA GEOGRAFIA E PARCELAMENTO DO SOLO URBANO

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O presente artigo tem o propósito de destacar o trabalho dos profissionais da Geografia na produção científica sobre as formas de parcelamento do solo urbano, também conhecido simplesmente por loteamento, que significa o processo técnico jurídico de divisão de uma gleba, ou área de terra, em lotes individuais para comercialização.

Ressalta-se que a elaboração de projetos e a submissão deles à aprovação dos órgãos públicos competentes, em geral, requer a participação de outros profissionais habilitados, inclusive da área do Direito Urbano e Ambiental, além de ter a participação do Geógrafo nas avaliações de caráter físico-geográfico, ambiental, socioeconômico e político. 

Nesse sentido, apresenta-se a seguir a relação de empreendimentos imobiliários, na modalidade de loteamento, implantados em cidades brasileiras, que foram objeto de estudo de trabalhos acadêmicos de geógrafos e/ou licenciados em Geografia, ou seja:

1)Loteamentos: um estudo do crescimento urbano horizontal de Guarabira (PB); 
2) Estudo de loteamentos como fatores de crescimento urbano; 
3) Limites de sustentabilidade ambiental em loteamentos residenciais em Bertioga (SP); 
4) A natureza na valorização de residências e terrenos dos condomínios e loteamentos fechados em Serra (ES); 
5) Condomínios horizontais/loteamentos fechados e a vizinhança (in) desejada em Uberlândia (MG); 
6) Geografia e saúde pública urbana: o loteamento São Francisco de Porto Nacional (TO); 
7) Análise do processo de instalação e expansão dos loteamentos fechados horizontais de alto padrão em Paulínia (SP); 
8) Mudança na forma de ocupação do espaço urbano em Valinhos: a expansão dos condomínios fechados;
9) Loteamentos urbanos e degradação ambiental em Belo Horizonte (MG).

Nota-se, portanto, que a Geografia tem uma importante produção de dados e soluções no campo dos fenômenos urbanos. Destaca-se que este material encontra-se à disposição dos interessados na pesquisa do tema. E, principalmente, dos segmentos empresarial e público da produção de lotes e edificações para as inúmeras atividades humanas.

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