terça-feira, 23 de janeiro de 2018

ESTADOS UNIDOS PODE INFLUENCIAR O BRASIL A REDUZIR SUA ALTA CARGA TRIBUTÁRIA



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Fonte: Google

O noticiário recente destaca a reforma fiscal (carga tributária) dos Estados Unidos e seus efeitos na competitividade da economia estadunidense, de outros países e, sobretudo, do Brasil. 

Também há comentários de especialistas da área de que essa iniciativa do governo Trump pode pressionar o Brasil a reduzir sua alta carga tributária conforme se verifica no trecho abaixo reproduzido literalmente da matéria do jornal brasileiro O Estado de São Paulo (14 de outubro de 2017):

"O economista Bernard Appy, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, diz que a proposta pode aumentar a pressão no Brasil pela redução da carga tributária. 'No País, a tributação do imposto de renda das empresas é de 34%.Tem uma tendência mundial de redução da tributação do Imposto de Renda. Isso vai gerar uma pressão aqui também', diz. Do ponto de vista macroeconômico, o risco é de que a reforma possa trazer problemas fiscais para os Estados Unidos e acelerar o processo de alta dos juros, com impacto negativo sobre o Brasil no futuro" (Disponível em:http://economia.estadao.com.br/).

CIDADES SEM AUTOMÓVEL

(Flickr/Mispahn)
Fonte: Revista Fórum


Este post homenageia as iniciativas dos gestores das cidades e demais pessoas que desenvolvem e aplicam a ideia de melhorar a mobilidade urbana criando pelo menos ruas sem automóveis na impossibilidade de criar cidades sem eles. 

Desse modo se reproduz trechos de modo literal de uma matéria sobre a temática publicada na Revista Fórum (https://www.revistaforum.com.br/2015), visando difundir essa importante estratégia e estimular a reflexão de gestores de outras cidades:

"Um número crescente de cidades tem se livrado dos carros em determinados bairros a partir de multas, redesenho de suas ruas, novos aplicativos, e, no caso de Milão [Itália], foram adotadas medidas como pagar os trabalhadores para que deixem seus veículos em casa e peguem o trem"; 

"A poluída cidade de Milão vem testando uma nova forma de manter os carros longe da região central. Quem deixar seus veículos em casa ganhará voucherspara utilizar o transporte público. Um aparelho conectado à internet, instalado no painel do automóvel, rastreia sua localização, para que ninguém trapaceie e dirija até o trabalho. A cada dia que alguém deixa o carro em casa, a prefeitura envia um voucher, sempre no mesmo valor, que pode ser usado como passagem no ônibus ou trem". 

Ressalta-se que a iniciativa de Milão na aplicação da estratégia conhecida por cidades sem automóvel também está presente em Chengdu (China), Copenhague (Dinamarca), Hamburgo (Alemanha), Helsinque (Finlândia), Madri (Espanha), Paris (França). 


domingo, 21 de janeiro de 2018

FOBÓPOLE OU SIMPLESMENTE FOBIA URBANA


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Fonte: Google

Este post destaca a importância do marco teórico da Geografia e da atuação de geógrafos na criação de termos cada mais apropriados para interpretar os fenômenos geográficos, em particular, ocorridos na realidade urbana.

Um exemplo dessa afirmação pode ser verificado no artigo "A 'reconquista do território', ou: Um novo capítulo na militarização da questão urbana, de 3 de dezembro de 2010. Sua autoria é atribuída ao Professor Marcelo Lopes de Souza, do Departamento de Geografia a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Este autor teria juntado as palavras gregas phóbos (= medo) e pólis (= cidade) para formar o termo "fobópole". 

O termo fobópole foi cunhado para designar "uma cidade na qual o medo impregna o cotidiano, tornando-se um dos aspectos centrais de nossa vida e de nossas preocupações, condicionando as mais diferentes facetas da nossa existência". Esta definição consta do artigo da Escola Nacional de Saúde Pública (http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/14355).

O subscritor deste post oferece alternativamente o uso do termo "fobia urbana", visto que, o neologismo fobópole pode dificultar o entendimento do fenômeno da violência urbana pelo homem médio (pessoa de nível escolar mediano).

Vale ressaltar que o conteúdo do artigo "A reconquista do território [..]" (Noticias del CeHu nº 514/10,www.centrohumboldt.org), fundamenta-se em extensa bibliografia sobre as unidades de polícia pacificadora, tropa de elite, conceito de território, sociedades biopolíticas de in-segurança e des-controle dos territórios, biopolítica ou biopoder [poder de garantir a vida coletiva pela norma], forças armadas e polícia: entre o autoritarismo e a democracia, além de outros. E se organiza através de tópicos como: 

1) A geopolítica urbana da “guerra ao tráfico”; 

2) A comunidade hoje pertence ao Estado; 

3) O papel da mídia; 

4) A dimensão “biopolítica” das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs); 

5) O Haiti como “laboratório”: o significado mais amplo da reconquista do(s) território(s). 

Apesar de ter decorrido pouco mais de sete anos de sua publicação deste artigo pode ser considerado atual em vista da continuidade da problemática da violência urbana na área estudada pelo seu autor, cujo fato por si só justifica a sua leitura e reflexão, sobretudo pelas autoridades responsáveis pela segurança pública.


Saiba mais:


domingo, 14 de janeiro de 2018

NÍVEIS DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS: OS ULTRA PROCESSADOS


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Fonte: Google

"Alimento ultra processado" é uma das classificações da intensidade do processamento dos alimentos como é exemplar o caso de biscoitos, embutidos, enlatados, salgadinhos, sanduíches, e alguns tipos de pães.

Ressalta-se que essa temática é de interesse aos estudos acadêmicos científicos, inclusive no campo da Geografia da Saúde, e às políticas públicas, assim como na tomada de decisão das pessoas quanto à definição de seus hábitos de consumo.

Sendo assim este post reproduz na íntegra o objetivo, os métodos, resultados e as conclusões de um artigo publicado, em 2015, na Revista Saúde Pública sob o título "alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta no Brasil". Seus autores são: Maria Laura da Costa Louzada, Ana Paula Bortoletto Martins, Daniela Silva Canella, Larissa Galastri Baraldi, Renata Bertazzi Levy, Rafael Moreira Claro, Jean-Claude Moubarac, Geoffrey Cannon, Carlos Augusto Monteiro. As instituições representadas são: Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição Aplicada. Instituto de Nutrição. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil; Departamento de Nutrição. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. O artigo encontra-se disponível na íntegra em: www.scielo.br/rsp.


"OBJETIVO: Avaliar o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados sobre o perfil nutricional da dieta. MÉTODOS: Estudo transversal com dados obtidos do módulo sobre consumo alimentar de indivíduos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A amostra, representativa da população brasileira de 10 ou mais anos de idade, envolveu 32.898 indivíduos. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois registros alimentares de 24h. Os alimentos consumidos foram classificados em três grupos: in natura ou minimamente processados, incluindo preparações culinárias à base desses alimentos; processados; e ultraprocessados. RESULTADOS: O consumo médio diário de energia per capita foi de 1.866 kcal, sendo 69,5% proveniente de alimentos: in natura ou minimamente processados, 9,0% de alimentos processados e 21,5% de alimentos ultraprocessados. O perfil nutricional da fração do consumo relativo a alimentos ultraprocessados mostrou maior densidade energética, maior teor de gorduras em geral, de gordura saturada, de gordura trans e de açúcar livre e menor teor de fibras, de proteínas, de sódio e de potássio, quando comparado à fração do consumo relativa a alimentos in natura ou minimamente processados. Alimentos ultraprocessados apresentaram, no geral, características desfavoráveis quando comparados aos alimentos processados. Maior participação de alimentos ultraprocessados na dieta determinou generalizada deterioração no perfil nutricional da alimentação. Os indicadores do perfil nutricional da dieta dos brasileiros que menos consumiram alimentos ultraprocessados, com exceção do sódio, aproximam este estrato da população das recomendações internacionais para uma alimentação saudável. CONCLUSÕES: Os resultados indicam prejuízos à saúde decorrentes da tendência observada no Brasil de substituir refeições tradicionais baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados e apoiam a recomendação para ser evitado o consumo desses alimentos" (LOUZADA et all).

Saiba mais sobre alimentos ultra processados: