Fonte: Google
A abordagem desse tema se
justifica pelo fato de estar previsto que neste ano de 2016 serão realizadas as
eleições municipais brasileiras.
Em 1986, portanto, há
trinta anos atrás os especialistas em marketing político previam a necessidade
de uma campanha eleitoral contar com diversos profissionais para atuar nos seus múltiplos setores, cargos e funções. Os três assessores mais destacados da
campanha eram o político, de marketing, e o de propaganda.
Essa assessoria básica
praticamente não mudou de lá para cá, mas as mídias utilizadas para divulgar os
candidatos, a legislação que normatizava as permissões e proibições da campanha
eleitoral e o perfil do eleitor mudaram demais entre 1986 e 2016.
Para os profissionais
habilitados no monitoramento do sistema eletrônico de comunicação social, desde
2006, a internet, por exemplo, se tornou uma ferramenta imprescindível no planejamento
de quaisquer campanhas em quase todo o mundo. Assim, o trabalho da campanha eleitoral feito com uso da internet tornou-se conhecido pelo nome de marketing político digital.
Afinal de contas parte
expressiva do eleitorado, dessa época em diante, interage socialmente por meios
tradicionais e modernos ao mesmo tempo. Ou seja, no primeiro caso a
interatividade ocorre por meio de cartazes,
folhetos, jornal, rádio, revista, televisão. No segundo a interação se confirma
pelo uso dos meios eletrônicos de comunicação social que dão funcionalidade às
mensagens (e-mail, WhatsApp etc.), aos sítios eletrônicos, bloggers e às redes sociais.
Adaptar a
definição das estratégias, a veiculação da campanha eleitoral e a interlocução
com o eleitorado ao recurso “online”, ou da internet, gera eficiência no desempenho da candidatura. Ou melhor, amplifica a presença dos (as) candidatos (as) ante aos (às) eleitores (as) e permite que eles (as) conheçam as demandas sociais em detalhe e se posicionem ante a possível crítica popular.
Isso não quer dizer, todavia, que o
uso dos diferentes recursos tecnológicos propiciados pela internet prescinde do bom entrosamento dos (as) candidatos (as) com os (as) assessores (as), coordenadores (as), a equipe
operacional e uso da mídia tradicional.
Tampouco, a aplicação da tecnologia justifica abrir mão de pré-requisitos de uma campanha eleitoral profissional já previstos há três décadas atrás, por Kuntz (1986): 1) aprovação de um adequado organograma e planejamento da campanha; 2) escolha da plataforma, do programa de governo (prefeito/a) ou do plano de trabalho parlamentar (vereador/a); 3) pesquisas de opinião pública; 4) orçamento e fontes de financiamento; 5) captação de voluntários (as), simpatizantes, membros partidários, lideranças comunitárias e profissionais, formadores de opinião etc.; 6) assessoria jurídica, entre outros elementos de marketing político tradicional.