A invenção da frase “cidade limpa povo
civilizado” estampada na publicidade de muitas Prefeituras não tem produzido o
efeito desejado pelo seu autor ou pelos prefeitos, visto que é comum se
encontrar locais sujos com diversos materiais gerados e jogados indevidamente
pelos moradores.
Entulho, resíduos e rejeitos domésticos,
inclusive sofás e pedaços de móveis; sobras de varejões e supermercados, estopa
e panos contaminados com combustíveis e graxas; galhadas, rejeitos de
indústrias etc. são encontrados em locais públicos impróprios.
Também é frequente o despejo, em plena
luz do dia, de restos de tintas, vernizes, solventes em bueiros; a preparação
de massa de assentar tijolos, concreto etc. nas calçadas e ruas, cujos
pedreiros, serventes e donos da obra parecem achar a atitude normal. Montes de
material vegetal de podas de árvores e jardins ocupam trechos de áreas públicas.
Latas com sobras de tintas, sacos com gesso, lâmpadas fluorescentes soltas,
pedaços de madeira, telhas fabricadas com amianto, pneus, privadas velhas são
depositados na rua pelos geradores na certeza de que não serão punidos, e a
Prefeitura (ou catador de rua) vai recolher. O conteúdo das caçambas de
entulho, misturado a outros restos, nem sempre é tratado conforme as normas e
leis em vigor. O lixo hospitalar gerado nas residências geralmente é colocado misturado
ao lixo doméstico, para a coleta municipal, aumentando seu potencial de
contaminação da água, do ar e solo. Veículos em desuso ou depenados são
abandonados nas ruas.
Diante disso cabem as perguntas: por que
são praticadas as atitudes erradas com os resíduos e rejeitos? Qual a relação
desses fatos com as epidemias de dengue? É culpa do desleixo de maus cidadãos;
das falhas dos serviços, da fiscalização da limpeza pública ou da educação ambiental
nas famílias e nas escolas? A denúncia dos infratores às Prefeituras está sendo
estimulada? A resposta a estas perguntas é um dever de cada um dos moradores e
dos governos, assim como a solução dos problemas levantados.
Para reflexão dos leitores e das leitoras segue a relação das 20 cidades mais sujas, ou seja, aquelas em que os gestores públicos não sabem lidar com seus resíduos e rejeitos.
ResponderExcluir1 - Bombaim (Índia)
2 – Marraquexe (Marrocos)
3 - Punta Cana (República Dominicana)
4 - Bangcoc (Tailândia)
5 - Hanói (Vietnã)
6 - Buenos Aires (Argentina)
7 - Sharm el Sheikh (Egito)
8 - Atenas (Grécia)
9 - Rio de Janeiro (Brasil)
10 - Bruxelas (Bélgica)
11 - Kuala Lumpur (Malásia)
12 - Moscou (Rússia)
13 - Nova York (Estados Unidos)
14 - Pequim (China)
15 - Londres (Inglaterra)
16 - Roma (Itália)
17 - Paris (França)
18 - Hong Kong (China)
19 - Lisboa (Portugal)
20 - Sydney (Austrália)
Fonte: http://portalaquibrasil.com.br (acesso em 12/04/13 - 21h04)
A julgar pela foto de Bombaim (Índia) estampada no Portal Aqui Brasil não se justifica qualificá-la como a primeira cidade mais suja entre as 20 citadas, pois, no Brasil se pode obter fotos de cidades que se encontram em situação pior. Algumas cidades brasileiras poderiam ser chamadas de território de ninguém pelo volume gigantesco de resíduos e rejeitos, de diversos tipos jogados pelas ruas, terrenos vazios, praças, beira de estrada entre outros lugares, sem que as Prefeituras tomem providências no tempo desejável.
ResponderExcluirFalta de dinheiro não pode ser, pois a carga de impostos pagas pelos brasileiros honestos está insuportável; os serviços públicos, por sua vez, pioram a cada dia.
Comentário recebido por mensagem eletrônica de um internauta no dia 12/04/2013:
ResponderExcluir"São muitas e importantes perguntas [do artigo postado], cujas respostas podem estar em
questões éticas, como a escala de valores de um povo.
O brasileiro é um povo aproveitador, que quer levar vantagem em tudo,
sem assumir as responsabilidades necessárias para um bom convívio
social.
A maioria das pessoas só cumpre as leis quando a polícia ou a Justiça
está de olho".