segunda-feira, 18 de março de 2013

OUTONO: ÉPOCA DE ELIMINAR OS BURACOS NAS VIAS PÚBLICAS

A chegada do outono sinaliza pela mudança do clima, mas não é fácil definir as características dessa estação do ano num país continental como o nosso devido à variação climáticas das macrorregiões: no Sul com seu clima subtropical começam as chuvas; no Sudeste as chuvas diminuem e as temperaturas são mais amenas em relação ao verão; no Norte e Centro-Oeste geralmente o tempo seco predomina com algumas variações; já o Nordeste costuma ter chuvas na zona da Mata e seca no sertão.
Segundo os geógrafos especialistas em pavimentos e meios de transporte, seja qual for as condições do tempo orientadas pela nova estação é chegada a hora de eliminar os buracos nas vias públicas das cidades e das que as interligam. As chuvas diminuem até o próximo verão, cujo tempo é suficiente para diagnosticar os problemas, reservar verba no orçamento, planejar e aprovar as soluções em benefício de todos, governantes e usuários.
Diante desses argumentos e visando estimular a discussão desse tema transcrevem-se a seguir os dados obtidos em trabalhos jornalísticos publicados em algumas cidades brasileiras como Dourados, Goiânia e São Paulo:
1)      A decisão de tapar buracos ou recapear depende de análise prévia das condições de deterioração do pavimento, ao contrário é jogar dinheiro fora;
2)      Há casos em que uma operação tapa buracos que gastou dois milhões de reais não produziu os resultados esperados ao apresentar problemas depois de sessenta dias da execução;
3)      Os trechos críticos da formação de buracos estão relacionados às vias de tráfego intenso e ao período chuvoso;
4)      Uma das técnicas usadas com sucesso é a do “requadramento” em que a área remendada passa a ter formato quadrado ou retangular; outra é a do “reperfilamento” aplicada em trechos com muitos buracos próximos uns aos outros cuja solução é espalhar a massa asfáltica por todo o trecho esburacado de uma vez com uso de motoniveladora;
5)      A repetição frequente de tapa buracos nas mesmas vias só serve para aumentar o lucro das empreiteiras mal intencionadas;
6)      Fatores contribuintes para formação dos buracos: serviço de pavimentação mal feito, falta ou deficiência de sistema de drenagem superficial, idade avançada da placa asfáltica; chuva; e falta de manutenção ou monitoramento;
7)      Novas tecnologias: a) aplicação a frio (resiste à umidade e o custo de aplicação); b) asfalto misturado com pó de pneu (mais durável e caro); c) reuso = diluir o asfalto velho, adicionar emulsão e recolocar na base (não pode usar no período chuvoso);
8)       Água de cozinha, roupa e esgoto jogados na rua é “um veneno” para a durabilidade do asfalto;
9)      Prefeituras geralmente não tem plano de gestão e gerenciamento do asfalto, inclusive nem sempre elas executam a manutenção preventiva do sistema viário municipal;
10)  Buracos acarretam perigos de acidentes e danos em veículos e pessoas; os principais beneficiários são os profissionais e as empresas de autopeças, pneus, borracharias e de reparos em veículos. Para desamassar uma roda custa R$ 50,00 e o conserto de um pneu cortado fica em R$ 30,00.

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