quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O DONO DA CIDADE


Este artigo remete à reflexão sobre a produção, o uso e a ocupação da cidade. 
Aqui cabem muitas perguntas, mas pelas limitações de espaço optou-se por elaborar as seguintes:
1) quem e para que se produz a cidade? 
2) O que é produzir uma cidade? 
3) Quem e porque se usa a cidade? 
4) O que significa ocupar uma cidade? As respostas a essas perguntas fornecem as pistas para descobrir aquele que é ou deveria ser o dono da cidade.

Então vamos às respostas pela ordem acima: 
1) alguns pensam que a cidade é produzida pelos loteadores e construtores imobiliários ou comerciantes, prestadores de serviços e industriais. Outros, porém, supõem que ela tem origem na iniciativa dos donos das glebas que as colocam à venda para parcelamento em lotes.

Há também aqueles que imaginam a cidade como propriedade exclusiva das autoridades municipais. 

E, para não se estender mais, ainda têm pessoas que arriscam a dizer que a cidade é de todos, no sentido coletivo.

2) produzir uma cidade é viver, compartilhar, opinar, decidir, agir e exigir ações sobre a dinâmica que a torna viva para o bem estar comunitário.

3) a rigor a cidade deveria ser plenamente usufruída por todos visto que essa é a sua razão de ser. Uma cidade sem o compartilhamento e a pulsação da vida de sua população não é uma cidade, mas um aglomerado de materiais construtivos sem animação, portanto, impróprio à natureza humana.

4) ocupar uma cidade é antes de mais nada fazer parte do seu comando, exercer os direitos e deveres de cidadão, seja participando das decisões sobre temas que implicam na sua transformação, seja cobrando atitudes dos governantes perante questões que prejudicam o convívio social.

Assim ao contrário do que se pensa o dono da cidade não é o governo municipal, nem tampouco os investidores dos ramos econômicos e institucionais instalados na cidade, ou seus moradores, mas todos os seus atores indistintamente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário