sábado, 19 de outubro de 2013

VENDA E USO DE REMÉDIOS


Este artigo chama à reflexão os usuários de medicamentos e as autoridades responsáveis pela saúde pública. Seu conteúdo tem fundamento nos dados pesquisados na Internet e levantados numa enquete, pelo autor, sobre a prática de prescrever, comercializar e usar tais produtos no Brasil.


A síntese dos resultados de ambas as pesquisas é a seguinte: (i) Nem todos os médicos prescrevem remédio pelo nome do princípio ativo ou de valor mais baixo, com mesma eficácia, mas pelo nome comercial. O medicamento “de marca”, geralmente, custa mais caro que o genérico e nem sempre está disponível nas pequenas drogarias;

(ii) Há laboratórios, donos de patentes de remédios caros, que exigem cadastro prévio, via 0800, para concederem “descontos especiais” aos pacientes, mediante apresentação dos dados da receita médica através de cópia. A redução de preço, às vezes, chega a 50% do valor da lista da farmácia. Trata-se de um controle financeiro que descaracteriza a livre concorrência em prejuízo dos consumidores e das farmácias fora do sistema; 

(iii) A quantidade de medicamentos falsificados em circulação no Brasil é superior à de outros países. As penalidades legais contra os falsificadores geralmente são brandas e a legislação está desatualizada; 

(iv) Um quinto dos brasileiros usa remédio sem receita médica podendo ser vítima da falsificação e seus efeitos. Tal fato também pode ser interpretado como falha do sistema de educação e fiscalização para a saúde; e 

(v) Não é incomum as redes varejistas do ramo usarem a estrategia de "cobrir o preço" umas das outras praticando descontos muitas vezes altos. Este procedimento pode significar que os preços colocados na lista não refletem a realidade da comercialização. Neste caso o consumidor que não pesquisa ou não faz pechincha sai perdendo.

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