Este artigo é resultado de um giro em
busca de notícias sobre o manejo de entulho de construção em três cidades do
Estado de São Paulo, uma do Rio de Janeiro, e uma de Rondônia. Não fosse a distância
mantida entre uma e outra se poderia dizer que o manejo de entulho, de maneira
errada, numa estaria influenciando à outra.
Entretanto um fato em comum há entre
elas: o descarte desses materiais em beira de estrada, córregos ou rios.
Piscina plástica, pneus, latas, regadores de água, baldes usados em obras,
fiação elétrica, madeira, arame, restos de árvores etc. estão entre os
materiais abandonados irregularmente nos locais citados.
Numa das cidades os moradores estão
preocupados com o mau uso desses materiais. As placas de lajes abandonadas
podem se transformar em meio para os criminosos assaltarem colocando-as no meio
da pista de trânsito para forçar os veículos pararem.
Mas, esse comportamento incivilizado
também está perto de nós. A Rodovia José Fregonesi que liga Cravinhos a
Ribeirão Preto, por exemplo, está sendo transformada em local preferido para o
descarte de entulho: vigas de concreto, pedaços de cerâmica, restos de asfalto,
madeira, fiação, pneu, papel, papelão, privada de louça etc. foram jogados, em
três ou quatro trechos, por veículos desconhecidos. A julgar pelos sinais de
pneus deixados nos locais, parte deles foi jogada por veículos de médio e
grande porte. A foto acima registra um dos montes de restos de obras jogados
nesta rodovia.
Diante desse quadro preocupante os
governos municipais precisariam implantar, ou aperfeiçoar a política municipal
de gestão de resíduos, e rejeitos reforçando o controle das obras em andamento,
o plano de coleta e destino, a educação ambiental, e a equipe de fiscalização.
Uma boa estratégia é “amarrar” a aprovação dos projetos de reforma, e
construção à comprovação da destinação correta dos resíduos, e rejeitos, e
oferecer o tratamento deles por tecnologias atualizadas com base em reuso, e
reciclagem. Associada a esta tática é envolver os revendedores de material de
construção, transportadores, engenheiros, arquitetos, pedreiros e demais
profissionais que atuam no ramo. É uma empreitada trabalhosa, mas não
impossível de implantar e obter êxito.
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