domingo, 14 de janeiro de 2018

NÍVEIS DE PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS: OS ULTRA PROCESSADOS


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Fonte: Google

"Alimento ultra processado" é uma das classificações da intensidade do processamento dos alimentos como é exemplar o caso de biscoitos, embutidos, enlatados, salgadinhos, sanduíches, e alguns tipos de pães.

Ressalta-se que essa temática é de interesse aos estudos acadêmicos científicos, inclusive no campo da Geografia da Saúde, e às políticas públicas, assim como na tomada de decisão das pessoas quanto à definição de seus hábitos de consumo.

Sendo assim este post reproduz na íntegra o objetivo, os métodos, resultados e as conclusões de um artigo publicado, em 2015, na Revista Saúde Pública sob o título "alimentos ultraprocessados e perfil nutricional da dieta no Brasil". Seus autores são: Maria Laura da Costa Louzada, Ana Paula Bortoletto Martins, Daniela Silva Canella, Larissa Galastri Baraldi, Renata Bertazzi Levy, Rafael Moreira Claro, Jean-Claude Moubarac, Geoffrey Cannon, Carlos Augusto Monteiro. As instituições representadas são: Programa de Pós-Graduação em Nutrição em Saúde Pública. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição Aplicada. Instituto de Nutrição. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, Brasil; Departamento de Medicina Preventiva. Faculdade de Medicina. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil; Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG, Brasil; Departamento de Nutrição. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo. São Paulo, SP, Brasil. O artigo encontra-se disponível na íntegra em: www.scielo.br/rsp.


"OBJETIVO: Avaliar o impacto do consumo de alimentos ultraprocessados sobre o perfil nutricional da dieta. MÉTODOS: Estudo transversal com dados obtidos do módulo sobre consumo alimentar de indivíduos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A amostra, representativa da população brasileira de 10 ou mais anos de idade, envolveu 32.898 indivíduos. O consumo alimentar foi avaliado por meio de dois registros alimentares de 24h. Os alimentos consumidos foram classificados em três grupos: in natura ou minimamente processados, incluindo preparações culinárias à base desses alimentos; processados; e ultraprocessados. RESULTADOS: O consumo médio diário de energia per capita foi de 1.866 kcal, sendo 69,5% proveniente de alimentos: in natura ou minimamente processados, 9,0% de alimentos processados e 21,5% de alimentos ultraprocessados. O perfil nutricional da fração do consumo relativo a alimentos ultraprocessados mostrou maior densidade energética, maior teor de gorduras em geral, de gordura saturada, de gordura trans e de açúcar livre e menor teor de fibras, de proteínas, de sódio e de potássio, quando comparado à fração do consumo relativa a alimentos in natura ou minimamente processados. Alimentos ultraprocessados apresentaram, no geral, características desfavoráveis quando comparados aos alimentos processados. Maior participação de alimentos ultraprocessados na dieta determinou generalizada deterioração no perfil nutricional da alimentação. Os indicadores do perfil nutricional da dieta dos brasileiros que menos consumiram alimentos ultraprocessados, com exceção do sódio, aproximam este estrato da população das recomendações internacionais para uma alimentação saudável. CONCLUSÕES: Os resultados indicam prejuízos à saúde decorrentes da tendência observada no Brasil de substituir refeições tradicionais baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados e apoiam a recomendação para ser evitado o consumo desses alimentos" (LOUZADA et all).

Saiba mais sobre alimentos ultra processados:


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