domingo, 21 de janeiro de 2018

FOBÓPOLE OU SIMPLESMENTE FOBIA URBANA


Resultado de imagem para A “reconquista do território”, ou: Um novo capítulo na militarização da questão urbana
Fonte: Google

Este post destaca a importância do marco teórico da Geografia e da atuação de geógrafos na criação de termos cada mais apropriados para interpretar os fenômenos geográficos, em particular, ocorridos na realidade urbana.

Um exemplo dessa afirmação pode ser verificado no artigo "A 'reconquista do território', ou: Um novo capítulo na militarização da questão urbana, de 3 de dezembro de 2010. Sua autoria é atribuída ao Professor Marcelo Lopes de Souza, do Departamento de Geografia a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Este autor teria juntado as palavras gregas phóbos (= medo) e pólis (= cidade) para formar o termo "fobópole". 

O termo fobópole foi cunhado para designar "uma cidade na qual o medo impregna o cotidiano, tornando-se um dos aspectos centrais de nossa vida e de nossas preocupações, condicionando as mais diferentes facetas da nossa existência". Esta definição consta do artigo da Escola Nacional de Saúde Pública (http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/site/materia/detalhe/14355).

O subscritor deste post oferece alternativamente o uso do termo "fobia urbana", visto que, o neologismo fobópole pode dificultar o entendimento do fenômeno da violência urbana pelo homem médio (pessoa de nível escolar mediano).

Vale ressaltar que o conteúdo do artigo "A reconquista do território [..]" (Noticias del CeHu nº 514/10,www.centrohumboldt.org), fundamenta-se em extensa bibliografia sobre as unidades de polícia pacificadora, tropa de elite, conceito de território, sociedades biopolíticas de in-segurança e des-controle dos territórios, biopolítica ou biopoder [poder de garantir a vida coletiva pela norma], forças armadas e polícia: entre o autoritarismo e a democracia, além de outros. E se organiza através de tópicos como: 

1) A geopolítica urbana da “guerra ao tráfico”; 

2) A comunidade hoje pertence ao Estado; 

3) O papel da mídia; 

4) A dimensão “biopolítica” das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs); 

5) O Haiti como “laboratório”: o significado mais amplo da reconquista do(s) território(s). 

Apesar de ter decorrido pouco mais de sete anos de sua publicação deste artigo pode ser considerado atual em vista da continuidade da problemática da violência urbana na área estudada pelo seu autor, cujo fato por si só justifica a sua leitura e reflexão, sobretudo pelas autoridades responsáveis pela segurança pública.


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