sexta-feira, 16 de junho de 2017

FATORES INTERVENIENTES NA (RE) PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO

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Fonte: Google

A cidade e os processos de sua expansão física tal como existe certamente começou pela transformação de uma gleba rural em obras de infraestrutura viária, sanitária, de lazer, energia e iluminação, edificações para moradia, atividades administrativas, religiosas, políticas, culturais e de produção e consumo, entre outras.

No âmbito da Geografia Urbana, e ciências afins, há autores que analisam a cidade sob o viés ideológico de discussão e crítica do modelo orientado pela posse da terra pelo setor privado e sua contribuição à desigualdade social e as consequências negativas à convivência humana que lhe são decorrentes.

No entanto defende-se neste artigo outra linha de raciocínio. A de que o nível de qualidade das inter-relações entre as pessoas na cidade, não está ligado somente à posse ou propriedade privada da terra. Tampouco o está às iniciativas de seus titulares em promover o parcelamento do solo para oferta de lotes e/ou edificações para moradias, comércio, serviços etc., cujo negócio, no trabalho de Santos (2012), se denomina renda fundiária urbana.
 
Há outros fatores que se somam àquele na definição da dinâmica da produção e expansão do espaço urbano. Entre eles citam-se, por exemplo, as dinâmicas sócio demográficas, a descontinuidade e concentração dos investimentos públicos em infraestrutura e equipamentos urbanos. E nesta lista acrescentam-se a valorização fundiária, especulação imobiliária; e expansão da atividade terciária, citados no trabalho de Santos (2012) publicado no periódico Ateliê Geográfico. 

Aos fatores antes citados este articulista acrescenta o papel da legislação federal, estadual, municipal e as normas técnicas, os métodos e as tendências urbanísticas, a existência ou não de políticas públicas de moradia, emprego etc. assim como o papel dos agentes políticos, do protagonismo dos grupos sociais vinculados às organizações do terceiro setor, entre outros.

Portanto, a análise da (re)produção do espaço urbano se torna incompleta se o método utilizado considerar apenas o viés ideológico de determinação da condução desse processo pelo setor privado detentor do estoque de terras. E o motivo é que ele sozinho não consegue determinar a dinâmica socioespacial existente na sociedade, cuja composição é multivariada e complexa.

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