Agentes de saúde e vigilância sanitária
de vários municípios têm manifestado a este articulista suas preocupações com a
forma pela qual as fontes geradoras de lixo infectante nas residências agem no
manejo desse material.
Na verdade vale esclarecer que lixo é
uma palavra utilizada aqui como sinônimo de rejeito, ou seja, de materiais que
não tem condições de reuso e reciclagem. E o lixo infectante se refere às
ampolas de injeção e remédios vencidos, seringas com agulhas usadas, materiais
resultantes de curativos (esparadrapo, gaze etc.), bolsa de colostomia, luvas
usadas no contato com os doentes (animais ou humanos), entre outros.
Chama à atenção deste articulista a
seguinte contradição: por um lado a área da saúde, de modo geral, possui
excelente nível de aperfeiçoamento de equipamentos, desenvolvimento de novas
técnicas, inclusive de transplantes, produtos e métodos mais eficientes no
tratamento das doenças. Por outro lado
muitas vezes este setor ainda tropeça na gestão de seus rejeitos de natureza
hospitalar, principalmente aquele gerado nas residências para atender os
doentes, como os que foram citados antes.
Outro fato que merece atenção é que
segundo análise da pesquisa feita pelo IBGE se contatou que tem aumentado, a
uma taxa extraordinária, a assistência médica prestada nos domicílios pelos
profissionais do programa chamado Saúde em Família. Este fato ao mesmo tempo em
que revela um grande avanço na política pública do setor impõe a necessidade de
se rever a gestão de rejeitos gerados nos domicílios em razão de seu potencial
de perigo quando manejado errado, seja pelos cuidadores dos doentes seja pelas
equipes de coleta e sistemas de destinação final.
Uma das soluções é o Departamento
Municipal de Saúde qualificar e quantificar os usuários dos serviços e orientar
os fornecedores de medicamentos e materiais, assim como os cuidadores quanto ao
manejo e o destino correto, das tipologias de lixo infectante, conforme as
normas pertinentes.
Parabéns pelo conteúdo do blog. Sucesso! Gaspar (ASPAL)
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