terça-feira, 4 de junho de 2013

Perigo: lixo infectante

Agentes de saúde e vigilância sanitária de vários municípios têm manifestado a este articulista suas preocupações com a forma pela qual as fontes geradoras de lixo infectante nas residências agem no manejo desse material.
Na verdade vale esclarecer que lixo é uma palavra utilizada aqui como sinônimo de rejeito, ou seja, de materiais que não tem condições de reuso e reciclagem. E o lixo infectante se refere às ampolas de injeção e remédios vencidos, seringas com agulhas usadas, materiais resultantes de curativos (esparadrapo, gaze etc.), bolsa de colostomia, luvas usadas no contato com os doentes (animais ou humanos), entre outros.
Chama à atenção deste articulista a seguinte contradição: por um lado a área da saúde, de modo geral, possui excelente nível de aperfeiçoamento de equipamentos, desenvolvimento de novas técnicas, inclusive de transplantes, produtos e métodos mais eficientes no tratamento das doenças.  Por outro lado muitas vezes este setor ainda tropeça na gestão de seus rejeitos de natureza hospitalar, principalmente aquele gerado nas residências para atender os doentes, como os que foram citados antes.
Outro fato que merece atenção é que segundo análise da pesquisa feita pelo IBGE se contatou que tem aumentado, a uma taxa extraordinária, a assistência médica prestada nos domicílios pelos profissionais do programa chamado Saúde em Família. Este fato ao mesmo tempo em que revela um grande avanço na política pública do setor impõe a necessidade de se rever a gestão de rejeitos gerados nos domicílios em razão de seu potencial de perigo quando manejado errado, seja pelos cuidadores dos doentes seja pelas equipes de coleta e sistemas de destinação final.

Uma das soluções é o Departamento Municipal de Saúde qualificar e quantificar os usuários dos serviços e orientar os fornecedores de medicamentos e materiais, assim como os cuidadores quanto ao manejo e o destino correto, das tipologias de lixo infectante, conforme as normas pertinentes.

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