sábado, 17 de agosto de 2013

DROGAS: NÚMEROS CHOCANTES



Os dados de uma entrevista de um juiz a um jornal do Mato Grosso do Sul revelam dados impressionantes que não podem ser ignorados pela população, classe política e outras autoridades do país.

São eles:

1) No período entre 2006 e 2010 a população do Brasil cresceu 2%. Neste mesmo lapso de tempo o número de presos por droga pulou de 45.000 para 105.532, ou seja, um aumento absurdo de 134%.

2) Dez anos atrás, o Brasil tinha uma população carcerária de 233 mil pessoas e a quantidade de habitantes não passava de 170 milhões. Era um preso para 730 habitantes. Em 2010, a população brasileira subiu para quase 192 milhões, havendo um aumento de apenas 12%, e o número de presos pulou para 494 mil. Houve um crescimento de 112%. Cada preso passou a corresponder a 388 habitantes.

3) Em 2010, o Brasil apreendeu 22 toneladas e 921 quilos desta droga, chegando, nos últimos dez anos, a um total de 160 toneladas. O Brasil, no ranking de apreensões, ocupa o décimo lugar. A América do Sul produz praticamente toda a cocaína consumida no mundo. Sua produção, na última década, chegou perto de dez mil toneladas.

4) A América do Norte, assumindo a primeira posição, com 450 milhões de habitantes, tem seis milhões de consumidores ou 1,33% de sua população. A Europa, com 501 milhões de habitantes, conta cinco milhões de usuários, ou 1%. A América do Sul é o terceiro maior consumidor. São consumidores de drogas cerca de 3.250.000 de seus 360 milhões de habitantes, dos quais um milhão é de brasileiros. No ranking mundial, o Brasil é o décimo.
 
O juiz entrevistado aponta como principais causas deste aumento, em primeiro lugar que as fronteiras com os países produtores (Colômbia, Peru, Bolívia e Paraguai) medem mais ou menos oito mil quilômetros. Não é fácil fiscalizá-las. Em segundo lugar, vem a fraqueza da legislação, que garante vários benefícios penais para traficantes.

Diante desses números parece mais inteligente resolver o problema na origem, ou seja, impedir o ingresso da droga no país e ao mesmo tempo aprovar uma política pública focada no usuário que é o maior responsável pelo comércio de drogas, visto que, se não há consumidor (usuário de droga) não há vendedor (traficante). 

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