No momento histórico atual a
sociedade está envolvida pela cultura de consumo pelo consumo que não poupa nem
mesmo as pessoas de baixa renda. Por conseqüência a geração de resíduos e
rejeitos aumenta em exagero ocupando boa parte do espaço das cidades e dando
motivo a reclamações pelos problemas sanitários que causam. A legislação e as
normas técnicas disciplinam e orientam a gestão, mas nem sempre as prefeituras
têm pessoal técnico, equipamentos e veículos adequados para prevenir seus
impactos ambientais. Há inúmeros estudos acadêmicos nas prateleiras das
universidades contendo soluções, muitas vezes, simples e baratas para o
gerenciamento correto desses materiais, todavia, na prática, eles são pouco
utilizados. O rigor da lei deixa de ter eficácia pela falta ou deficiência de
fiscalização pelos órgãos públicos responsáveis. É minoritária a parcela da
população, e do setor produtivo, que se preocupa com a boa gestão dos resíduos
e rejeitos porque ainda é mais barato burlar as normas e leis e destiná-los em
locais impróprios visto que nem sempre os infratores são denunciados e punidos.
Como se não bastasse a classe política, salvo raras exceções, não tem manifestado
comprometimento com a elaboração e execução de políticas públicas voltadas para
solucionar a má gestão dos resíduos e rejeitos em geral. No entanto, se percebe
um engajamento crescente dos órgãos de comunicação na denúncia de locais em que
seus descartes incomodam os vizinhos pelo mau cheiro e pela atração de baratas,
escorpiões, ratos e até urubus. Por isso a solução não é esperar a instalação
de epidemias pelo convívio da população com a imundície; nem tampouco incluir a
falha da limpeza pública nos cartazes dos movimentos sociais que tomaram conta
das ruas, mas convencer os responsáveis pelas cidades a fazer a lição de casa.
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