quinta-feira, 1 de agosto de 2013

LIMPEZA DAS CIDADES



No momento histórico atual a sociedade está envolvida pela cultura de consumo pelo consumo que não poupa nem mesmo as pessoas de baixa renda. Por conseqüência a geração de resíduos e rejeitos aumenta em exagero ocupando boa parte do espaço das cidades e dando motivo a reclamações pelos problemas sanitários que causam. A legislação e as normas técnicas disciplinam e orientam a gestão, mas nem sempre as prefeituras têm pessoal técnico, equipamentos e veículos adequados para prevenir seus impactos ambientais. Há inúmeros estudos acadêmicos nas prateleiras das universidades contendo soluções, muitas vezes, simples e baratas para o gerenciamento correto desses materiais, todavia, na prática, eles são pouco utilizados. O rigor da lei deixa de ter eficácia pela falta ou deficiência de fiscalização pelos órgãos públicos responsáveis. É minoritária a parcela da população, e do setor produtivo, que se preocupa com a boa gestão dos resíduos e rejeitos porque ainda é mais barato burlar as normas e leis e destiná-los em locais impróprios visto que nem sempre os infratores são denunciados e punidos. Como se não bastasse a classe política, salvo raras exceções, não tem manifestado comprometimento com a elaboração e execução de políticas públicas voltadas para solucionar a má gestão dos resíduos e rejeitos em geral. No entanto, se percebe um engajamento crescente dos órgãos de comunicação na denúncia de locais em que seus descartes incomodam os vizinhos pelo mau cheiro e pela atração de baratas, escorpiões, ratos e até urubus. Por isso a solução não é esperar a instalação de epidemias pelo convívio da população com a imundície; nem tampouco incluir a falha da limpeza pública nos cartazes dos movimentos sociais que tomaram conta das ruas, mas convencer os responsáveis pelas cidades a fazer a lição de casa.

  

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