sábado, 24 de agosto de 2013

VALIDADE DE ALIMENTOS




Num dias desses numa loja de bairro de Ribeirão Preto (SP), Brasil, de uma rede de supermercados uma funcionária recolhia produtos alimentícios do setor padaria com dois dias de prazo para vencer. Tratava-se de pães de diversos tipos, broas etc. Um gigantesco carrinho estava lotado dessas massas e a funcionária buscava mais um para acomodar o restante dos alimentos. 


Esse fato chamou a atenção por se tratar da recolha de produtos que é feita rotineiramente nas lojas da rede. A pessoa que fazia o serviço estimou que o desperdício, em dinheiro, possa chegar a R$ 1.000,00 por dia, isso mesmo, mil reais são jogados fora diariamente. Mas ela também informou que num dia e outro o valor é menor, mas talvez nunca menos que R$ 500,00. Neste caso se a rede tem dez lojas o desperdício pode variar entre R$ 5.000,00 e R$ 10.000,00 todos os dias. 

Perguntada sobre o motivo pelo qual a rede de lojas não doava esses produtos para instituições de caridade ou pessoas em situação de risco social ela simplesmente respondeu: “a norma da empresa não permite”. Também disse algo como: “os donos da firma tem medo de alguém comer esses produtos e reclamar contra a empresa no caso de fazer mal”. 

Nestes termos, apesar de haver chance de alguém comer esses produtos depois de vencidos deve-se pensar que é possível usar algum meio para não perdê-los e, ao mesmo tempo, não fazer mal a quem os come. 

Talvez o dono do supermercado não tenha buscado a maneira sustentável de evitar esse desperdício imperdoável porque, em geral, o índice de perda dos artigos perecíveis recolhidos da área de venda já foi incluído na margem geral de lucro da firma, ou seja, os alimentos que foram comprados e pagos já pagaram os que são descartados como resíduo ou rejeito. Pior para o bolso de todos nós consumidores, e a economia do país que pode ter aí um indutor de inflação visto que o valor que se paga no mercado não é exatamente o que vale o produto.  

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