domingo, 24 de abril de 2016

MURALHA VERDE NA ÁFRICA

Resultado de imagem para imagens do projeto muralha verde na áfrica
Fonte: Google

O presente artigo, guardadas as proporções, faz um paralelo entre o post "Uso Socioambiental dos Terrenos Ociosos nas Cidades" e o projeto socioambiental compartilhado por vinte países do Norte da África denominado "Muralha Verde".

Este projeto consta da plantação de um cinturão verde, medindo 7.000 km de extensão por 15 km de largura, no ponto de interseção do deserto e a floresta tropical, assemelhado à "muralha".

Neste caso, a "muralha" não é de tijolos, ferro e concreto, mas uma faixa de vegetação arbórea entremeada com áreas de cultivos de frutas, verduras e legumes (LFV) mantidas pela população em situação de risco social.

Ele está implantado em trecho do deserto do Saara, conhecido por Sahel, e sua divulgação se justifica por três motivos pelo menos: (i) oferecer uma alternativa de contribuir com a solução da fome ou carência alimentar das famílias em situação de risco social; (ii) conter o avanço do deserto pelo continente; (iii) e contribuir para fixar os grupos populacionais nos seus territórios de origem em desestímulo à migração interna de pessoas na busca de melhores condições de vida.

Cumpre lembrar que no Saara, como, praticamente, em todos os desertos, ocorrem periodicamente as tempestades de areia cujo fenômeno físico-geográfico constitui um dos motivos da expansão contínua da área do deserto. Registra-se que segundo o noticiário recente, o Saara já ocupa cerca de 10% do território do continente africano, cujo percentual sobre o total é considerado expressivo.

Com o propósito de relembrar os internautas deve-se dizer, também, que a ideia do "uso socioambiental de terrenos ociosos nas cidades", objeto de um post anterior neste blog, se assemelha ao projeto "Muralha Verde". Esta comparação está correta porque ambas as ideias visam ocupar áreas e/ou terrenos vazios improdutivos dentro do conceito de uso social da propriedade. 

Essa ocupação, no entanto, depende de se aprovar uma política pública municipal em se esteja prevista a celebração de parceria com os donos dos terrenos para a finalidade aqui exposta. 

Desse modo, os projetos citados são de fácil implantação e baixo custo de manutenção. E a razão é simples: suas execuções utilizam a mão-de-obra dos próprios beneficiados que, ao mesmo tempo, saciarão a fome e terão uma fonte de renda. 

Portanto, o êxito de um projeto de uso socioambiental de terrenos ociosos nas cidades, dependerá de uma política pública municipal em que os agentes políticos queiram a transformação social e ambiental pela base da sociedade.

Leia mais:





  


Nenhum comentário:

Postar um comentário