sexta-feira, 29 de abril de 2016

GEOGRAFIA DOS SEMÁFOROS OU SINALEIROS

Resultado de imagem para excesso de semáforos
Fonte: Google

A quantidade de ruas e avenidas aumenta pela formação de bairros novos, as vias de trânsito das áreas centrais ficam sobrecarregadas pelo uso crescente de automóveis, caminhões, camionetas, motocicletas etc., além de pedestres. Os vetores de crescimento a partir de espaços edificados e/ou nos bairros periféricos atraem novos moradores e o sistema produtivo (comércio, prestadores de serviços etc.) gerando novos adensamentos.

E no transcurso dessa dinâmica da vida urbana surgem os gargalos e os conflitos sócios espaciais no uso dos espaços como resultado, muitas vezes, de congestionamentos viários e na demanda por serviços públicos ou privados. Em decorrência desse contexto são evidenciados os prejuízos de natureza social, ambiental e econômicos a demandar soluções. Muitas vezes há também prejuízos aos objetos do patrimônio cultural que são desconstruídos sob a justificativa da reestruturação espacial reivindicada pelos novos interesses.

Neste cenário observa-se que não é incomum as prefeituras se valerem da implantação de semáforos também conhecidos por sinaleiros visando gerenciar a mobilidade dos veículos motorizados ou não e sua inter-relação com os pedestres. E há semáforos com tecnologia que vai do tempo fixo de acionamento ao impulsionado pelo fluxo de trânsito, porém, na maioria das vezes prevalecem os primeiros.

Entretanto, parcelas dos gestores públicos nem sempre avaliam a adequação desses equipamentos às necessidades de cada local onde são instalados. Também se verifica que os seus limites de eficiência técnica normalmente não são levados em conta chegando ao absurdo de colocá-los entre cruzamentos de pequenas distância entre si.

Pela avaliação de Luis Vilanova, especialista em trânsito o argumento supracitado se justifica: “a implantação de um semáforo é uma decisão que acarreta impactos consideráveis, que podem vir a ser tanto positivos como negativos. Instalado corretamente, propicia a diminuição de acidentes e o maior conforto de veículos e pedestres. Entretanto, se for instalado num local em que sua presença é inadequada, causa aumento no número de paradas, do tempo de espera dos veículos e pedestres, do número de acidentes, além de implicar em gastos desnecessários de instalação, operação e manutenção”.

Essas avaliações merecem reflexão dos órgãos de trânsito das cidades. Afinal de contas, não raro se encontra cruzamentos urbanos em que a sinalização semafórica é necessária, mas não têm, e outros que estão lá para atrapalhar. Também o excesso é reclamado como no caso das cidades que colocam um semáforo em cada cruzamento, ou então numa avenida expressa, de menos de três quilômetros de extensão, em que funcionam oito semáforos lentos.

Portanto, não é errado dizer que um sinaleiro instalado sem critério técnico não só prejudica a fluidez do trânsito e dá causa a acidentes. Mas, também faz o comércio perder os seus clientes que desviam de rota pelos problemas de mobilidade da via semaforizada inadequadamente.





2 comentários:

  1. Destaque-se ainda que os semáforo, em sua grande maioria, são instaladoos sem a observâcia da acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

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  2. Destaque-se ainda que os semáforo, em sua grande maioria, são instaladoos sem a observâcia da acessibilidade para pessoas com deficiência visual.

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